domingo, 18 de outubro de 2015

Mente Saudável Os cuidados para se ter uma vida mentalmente saudável.

Meu filho é gay. E agora?

Nos últimos anos,  muitos adolescentes, jovens e adultos, cristãos e não cristãos, tiveram coragem de se declarar homossexuais. Muitas mudanças ocorreram em nossa sociedade e criaram um contexto propício para que pessoas que até pouco tempo sofriam em silêncio acerca de sua sexualidade. E fez com que pudessem agora se sentir um pouco menos constrangidas em se revelar entre familiares, amigos. E tudo isso publicamente.
Contudo, para pais cristãos este ainda parece ser um assunto extremamente delicado. Há alguns meses, ao falar sobre quando contou a sua mãe acerca da sua bissexualidade, a artista Miley Cyrus declarou que foi difícil para a mãe dela entender. “Ela tinha medo que eu fosse julgada e também não queria que eu fosse para o inferno.” Desconheço as convicções religiosas desta mãe, mas percebo que estes dois receios são comuns a pais cristãos.
Como as pessoas irão tratar meu filho (ou minha filha)? É verdade que, apesar de nossa sociedade estar um pouco mais aberta às relações homoafetivas, ainda existe preconceito, julgamento, e sim, um filho gay poderá encontrar muitas dificuldades em função de sua sexualidade. Contudo, tenho observado que o maior sofrimento de jovens e adolescentes homossexuais é gerado dentro das relações familiares. Como você lida com esse assunto pai, ou mãe, pois a forma como trata seu filho ou sua filha a partir do momento que toma conhecimento acerca de sua sexualidade, pode feri-lo(a) muito mais do que como as pessoas lá fora irão tratá-lo(a).
Meu filho vai se perder espiritualmente? Esta é uma questão teológica, e eu deixarei sua resposta para os teólogos. Entretanto, existe um ponto que me chama a atenção acerca da elaboração desta pergunta. Quantas coisas poderiam levar o seu filho a perder a salvação, queridos pai e mãe, e que você negligencia no dia-a-dia, desde antes mesmo da criança nascer?
Ao ler o livro Orientação da Criança, de autoria da escritora Ellen White, você poderá identificar muitos fatores para as quais pais e mãe fecham os olhos, e que põem em risco a salvação de seus filhos. Ainda que biblicamente os cristãos tenham uma posição contrária às condutas homossexuais, a negligência existente em torno de tantos outros assuntos que biblicamente são relevantes para o destino eterno de nossos filhos me leva a pensar que o assunto da homossexualidade carrega um estigma entre nós cristãos, enquanto outros assuntos são cada vez menos alvo de preocupação. Então eu lhe pergunto: você que tem um filho gay está realmente preocupado com o destino eterno de seu filho ou está usando uma crença religiosa como forma de esconder o seu próprio preconceito? Corro um tremendo risco de ser mal compreendida aqui, e quero deixar bem claro que não estou defendendo nenhuma prática condenada pela Bíblia. A Igreja Adventista, por exemplo, mantém-se firme contra a homossexualidade baseada na Bíblia Sagrada.
Posição adventista sobre a homossexualidade


O que estou fazendo é o contrário. Quero chamar a sua atenção para a existência de outras práticas condenáveis com as quais parecemos não nos importar. Creio piamente que princípios cristãos não existem para velar preconceitos, pois devem reger toda a vida, e não apenas a área da sexualidade. Muitos filhos se sentem vítimas de preconceito por parte dos pais cristãos, porque percebem esta tremenda incoerência que há em tratar com leviandade tantos assuntos importantes e se apegar de forma tão veemente ao assunto da sexualidade. Sabe o que eles aprendem com isso? Que seus pais cristãos são homofóbicos. E queridos, de certa forma, eles têm razão ao deduzir isto quando veem esta incoerência no lar.
E falando em princípios, não poderia deixar de mencionar aquele que é o mais importante de todos – o amor. Um texto bíblico bastante contundente pode ser lido em I João 4:21 onde é dito que “E Dele temos esse mandamento que quem ama a Deus, ame também a seu irmão”. Há outras menções interessantes como essa: “Ser cristão é ser semelhante a Cristo”.(Ellen White, O Lar Adventista, página 427). E Cristo amava as pessoas. Jesus tratava a todos com amor. A melhor forma de lidar com um filho homossexual é o amando. Você não precisa concordar com o que ele faz ou deixa de fazer. Você precisa apenas amá-lo. E como é difícil isso! É muito mais fácil fazer um sermão para o adolescente, usar palavras rudes e trata-lo com preconceito. Mas se você é um cristão, querido pai/mãe, o seu dever é amar. E isso não se aprende lendo um artigo em minha coluna. Isto, você poderá aprender ao ligar-se Àquele que é o próprio amor.
A homossexualidade de seu filho pode ser visível aos homens, mas a falta de amor e os pecados acariciados no lar estão sempre visíveis aos olhos de Deus. E para um cristão, apenas um julgamento de fato importa – aquele que Deus faz!

 

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