quinta-feira, 31 de março de 2016

PPT – Filho de Davi – Lição 1 – 2º Trim/2016 Curtir Compartilhe


Baixe e compartilhe o Power point da Lição nº 1 –Filho de Davi  deste 2º Trimestre de 2016.




Informativo Mundial das Missões – 02/04/16

Informativo Mundial das Missões – 02/04/16

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A cada 3 horas e 58 minutos nasce nova congregação adventista



Novas congregações adventistas surgem em diferentes países e realidades
Silver Spring, EUA … [ASN] Dados da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia revelaram, nessa semana, um dado interessante: 2.446 congregações foram abertas no último ano e a denominação chegou a 18 milhões e meio de membros no mundo.
O dado evidencia crescimento em 152 anos de existência da Igreja, pois, a cada 3 horas e 58 minutos, uma nova congregação é aberta.
Gary Krause, que é diretor do departamento de Missão Global na sede mundial adventista (área responsável pela expansão da Igreja), compreende que esses dados são dignos de louvor a Deus, já que os adventistas estão cumprindo com a missão de proclamar ao mundo o evangelho conforme Apocalipse 14. “Essas estatísticas sugerem que a Igreja Adventista do Sétimo Dia está na direção correta em sua missão e mantém o foco”, comentou Krause.
Crescimento histórico
O total de 2.446 novas congregações abertas no último ano é mais alto do que o alcançado em 2013 (381 igrejas a mais) e supera, também, a marca até então histórica de 2.416 igrejas plantadas no ano de 2002. No total, hoje a Igreja Adventista possui 78.810 congregações em mais de 100 países. Um crescimento significativo se for feita a comparação com o ano de 1934 quando a denominação contava, no mundo, com apenas 7.818 congregações.
No último ano, uniram-se à Igreja no planeta 1.167.796 membros superando os 1.091.222 que se tornaram adventistas em 2013. Isso significa 3197 novos membros aumentando as fileiras adventistas por ano, 133 por hora ou ainda 2,22 por minuto.
Leia também:
Proporção
Com mais de 18 milhões de membros, a proporção hoje é de um adventista para cada 392 habitantes no mundo (7.23 bilhões segundo estimativas). A taxa de crescimento adventista ficou em 1,85 por cento em 2014 e novamente foi maior do que em 2013 (quando o índice foi de 1,47%). Só que, na comparação com 2012, houve queda, pois naquele ano a taxa de crescimento chegou a 2,3%. Em 2006 foi ainda maior: 4,98%.
América do Sul
Nos oito países atendidos pela sede sul-americana da Igreja (Divisão Sul-Americana), os dados dos últimos cinco anos confirmam os bons resultados mundiais. Foram plantadas 6.447 novas congregações adventistas nos últimos cinco anos na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai.
O último quinquênio registrou um aumento de 18,65% no crescimento de igrejas e grupos. “Trata-se de um crescimento sólido, baseado em relatórios e registros são precisos e sistematizados, o que nos dá a real ideia de como estamos e para onde vamos”, explica o pastor Magdiel Perez, secretário-executivo da Divisão. [Equipe ASN, da Redação com informações de Andrew McChesney]

quarta-feira, 30 de março de 2016

Rodrigo Mozart-Só porque Me Amou(By Cover Jelson Matias)


Jelson Matias - Eu Pequei


Cientistas “simplificam” bactéria e falam em evolução!

CIÊNCIA E RELIGIÃO

As principais descobertas da ciência analisadas do ponto de vista bíblico.
Segundo matéria publicada no jornal Folha de S. Paulo, “pela primeira vez na história, pesquisadores conseguiram projetar do zero o genoma de um ser vivo (uma bactéria, para ser mais exato) e ‘instalá-lo’ com sucesso numa célula, como quem instala um aplicativo no celular”. Como era de esperar, a notícia foi veiculada nos meios de comunicação populares dando a impressão de que os cientistas teriam criado uma forma de vida a partir do nada, começando, como diz o texto da Folha, do “zero”. Ocorre que a bactéria syn3.0, como foi apelidada pela equipe do geneticista americano Craig Venter, contém 473 genes e 531 mil “letras”. Com menos do que isso, ela dificilmente existiria. E é bom lembrar que essas letras e esses genes, ou seja, essa informação genética não foi criada a partir do “zero”. O que os cientistas fizeram foi “desligar” os genes de uma bactéria já existente e implantar isso numa célula também já existente. Apagaram informação para ver com quanto a bactéria sobreviveria. Criaram absolutamente nada; apenas simplificaram o que já era complexo.
Leia também:
A reportagem publicada pelo jornal explica que “Venter e companhia tiveram de suar um bocado e desenvolver suas próprias tecnologias para chegar à syn3.0, que teve um ponto de partida lógico: as bactérias que naturalmente já apresentam os genomas mais enxutos da natureza, parasitas pertencentes ao gênero Mycoplasma (em parte, seu DNA é tão simples porque conseguem obter boa parte dos recursos de que necessitam de seus hospedeiros humanos)”. Os cientistas inteligentes suaram a camisa e usaram muita tecnologia para simplificar uma forma de vida, e querem que acreditemos que uma forma de vida complexa poderia surgir a partir do nada, sem hospedeiros e com a capacidade de duplicar a si mesma.
Após anos de tentativa e erro, os cientistas perderam um padrão intrigante. “Havia genes que não pareciam essenciais e que podiam ser deletados sem muita dor na consciência. Entretanto, na verdade, eles formavam ‘pares’ com outros genes, como se fossem cópias de segurança um do outro – e aí, quando o segundo membro do parzinho era apagado, a célula se tornava inviável”. Cópias de segurança para a manutenção da vida! Isso lhe sugere acaso ou design inteligente?
Mas tem mais: a syn3.0 é tão simplificada que não consegue sobreviver fora do ambiente controlado do laboratório e precisa que lhe seja dado alimento especialmente preparado. Se a vida começou com algum tipo de bactéria “simples” assim, tão dependente, como pode ter sobrevivido no hostil e hipotético mundo primitivo?
Resumindo: instalaram um genoma simplificado numa célula. O genoma já existia e a célula também. Isso me faz lembrar da história do desafio que um cientista fez a Deus. Ele disse de maneira desafiadora: “eu também sou capaz de criar vida a partir do barro.” “Verdade?”, perguntou Deus. “Então me mostre.” “Me dê um pouco de barro”, pediu o cientista. “Nada disso! Providencie seu próprio barro”, respondeu o Criador.




segunda-feira, 28 de março de 2016

Filho de Davi – lição 1 |26 a 2 de abril



licao1

SÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: 1Sm 11–13)

VERSO PARA MEMORIZAR: “Ele salvará o Seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21).
Leituras da semana: Mt 1; Mc 12:35-37; Is 9:6, 7; Rm 5:8; Jo 2:25; Jr 29:13; Mt 2:1-14
Inspirado pelo Espírito Santo, Mateus iniciou seu livro com uma genealogia. Porém, não foi uma genealogia qualquer, mas a de Jesus Cristo. Além de começar seu evangelho com uma genealogia, Mateus apresentou nela alguns ancestrais que a maioria das pessoas certamente não gostaria de reivindicar como parte de sua linhagem.
Talvez Mateus tivesse sentido empatia por esses ancestrais pelo fato de ele mesmo ter sido, em certo grau, marginalizado. Afinal de contas, ele era um judeu coletor de impostos; havia se vendido ao inimigo e, na verdade, pagava a Roma pela oportunidade de sentar-se na coletoria e cobrar impostos de seu povo. Certamente, ele não era amado por sua nação.
Porém, ainda que os seres humanos olhem para a aparência exterior, Deus olha para o coração. Embora Mateus fosse um desprezado, o Senhor olhou para o coração dele e o escolheu para ser discípulo. Mateus aceitou o chamado, renunciando à vida que tinha antes, em troca de uma nova vida em Jesus.
Assim, Mateus passou a seguir seu Senhor, preservou um registro dos acontecimentos, e um dia daria algo valioso ao seu povo e ao mundo: sua dádiva não seria um recibo de impostos, mas um precioso relato da vida de Jesus.

DOMINGO - Um livro das origens (Ano Bíblico: 1Sm 14–16)

“Livro da genealogia de Jesus Cristo, Filho de Davi” (Mt 1:1). Desde o começo, Mateus chama sua obra um “livro” (da palavra grega biblos, que pode significar um “escrito sagrado”), um “livro da genealogia”, ou seja, dos ascendentes de Jesus. Na verdade, a palavra grega traduzida como “genealogia” vem de um termo que pode ser traduzido como “origens”. Portanto, pode-se dizer que Mateus iniciou seu evangelho com uma espécie de “livro de Gênesis”. Assim como o Antigo Testamento começou com um livro sobre a criação do mundo, Mateus (e, portanto, o Novo Testamento) começa com um livro sobre o próprio Criador e sobre a obra de redenção que somente Ele poderia efetuar.
1. O que estas passagens dizem sobre Jesus? Jo 1:1-3; Hb 1:1-3; Mq 5:2; Mc 12:35-37
“Desde os dias da eternidade o Senhor Jesus Cristo era um com o Pai; era ‘a imagem de Deus’, a imagem de Sua grandeza e majestade, ‘o resplendor de Sua glória’. […] Vindo habitar conosco, Jesus devia revelar Deus tanto aos homens como aos anjos. Ele era a Palavra de Deus: o pensamento de Deus tornado audível” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 19).
A divindade de Cristo, contudo, não era o mais importante na mente de Mateus, em contraste com João (ver Jo 1:1-3), que começou escrevendo sobre a divindade de Cristo antes de passar para o aspecto humano dEle (Jo 1:14). Em vez disso, Mateus se concentrou muito na humanidade de Cristo, ou seja, o Messias como “filho de Davi, filho de Abraão”. Então passou a traçar, a partir de Abraão, a linhagem dos ancestrais humanos de Jesus até Seu nascimento, no desejo de mostrar a seus leitores que, de fato, Jesus de Nazaré era o Messias predito nas profecias do Antigo Testamento.
Família e ascendência são importantes. Ao mesmo tempo, no que diz respeito ao evangelho, nossos pais, avós, ou ascendentes são irrelevantes. O que está acima de tudo isso e por quê? Ver Gálatas 3:29.

SEGUNDA - Uma linhagem real (Ano Bíblico: 1Sm 17–19)

Quaisquer que fossem os diversos conceitos dos judeus a respeito da vinda do Messias, uma coisa era certa: o Cristo seria da linhagem de Davi. (Até hoje, muitos judeus religiosos que aguardam o Messias acreditam que Ele deve vir da casa de Davi.) Foi por isso que Mateus começou seu evangelho com a linhagem de Cristo; ele desejava estabelecer Sua identidade como o Messias. Devido ao fato de que o Cristo devia ser descendente de Abraão (Gn 22:18; Gl 3:16), o pai da nação judaica, e da linhagem de Davi, Mateus logo no início procurou mostrar a linhagem de Jesus e como Ele estava diretamente ligado não só a Abraão (como a maioria dos israelitas estava), mas ao rei Davi. Muitos comentaristas acreditam que Mateus tinha em mente, primariamente, um público judeu; daí sua forte ênfase em estabelecer as credenciais messiânicas de Jesus de Nazaré.
2.Leia os textos seguintes. Como eles nos ajudam a compreender a ideia que Mateus procurou transmitir?
2Sm 7:16, 17, Is 9:6, 7, Is 11:1, 2 , At 2:29, 30
Tudo isso nos ajuda a entender a forma pela qual Mateus iniciou seu evangelho: “Livro da genealogia de Jesus Cristo, Filho de Davi” (Mt 1:1). No início do Novo Testamento, Jesus Cristo é descrito como “Filho de Davi”. Perto do final do Novo Testamento, o próprio Jesus disse as seguintes palavras: “Eu, Jesus, enviei o Meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a Raiz e a geração de Davi, a brilhante Estrela da manhã” (Ap 22:16). Além de tudo o mais que Jesus é, Ele continua sendo “a Raiz e a geração de Davi”.
Que poderoso testemunho da natureza humana de Jesus e de Sua humanidade essencial! Nosso Criador Se ligou a nós de um modo que mal conseguimos imaginar.

TERÇA - A árvore genealógica de Jesus (Ano Bíblico: 1Sm 20–23)


3. Além de Davi, quem mais encontramos na árvore genealógica de Jesus? Mt 1:2, 3

Não era comum sequer mencionar mulheres em genealogias. Então, por que uma mulher chamada Tamar seria colocada nessa lista? Para começar, quem era ela?

Tamar era uma mulher cananeia que havia se casado, em sequência, com dois filhos de Judá. Os dois haviam morrido na prática de coisas perversas, enquanto Tamar continuava sem filhos. Seu sogro, Judá, prometeu a Tamar que lhe daria seu terceiro filho em casamento quando ele tivesse idade suficiente. Mas isso não aconteceu.

Então, o que Tamar fez? Disfarçou-se de prostituta e teve relações com o próprio Judá, embora ele não fizesse a menor ideia de que aquela mulher era Tamar. Meses depois, quando a gravidez de Tamar ficou evidente, Judá procurou tomar medidas para que ela, pela conduta imoral, fosse morta; mas a atitude dele mudou quando ela lhe revelou que ele era o pai do bebê.

Embora isso possa ter semelhança com uma novela vulgar, faz parte da ascendência humana de Jesus.

4. Leia Mateus 1:4, 5. Quem mais é mencionada na lista de Mateus? Por que isso é um tanto surpreendente?

Raabe seria a prostituta cananeia mencionada no livro de Josué? Parece que sim. Depois de ajudar a proteger os espias israelitas em Canaã, ela se uniu ao povo de Deus e, ao que parece, casou-se com um dos ancestrais de Jesus.

5. Quem mais está na linhagem de Cristo? Mt 1:5, 6

Rute, uma mulher virtuosa, não tinha culpa pelo fato de proceder dos odiados moabitas (produto de uma relação incestuosa de Ló, que estava embriagado, com uma de suas filhas). A esposa de Urias, Bate-Seba, foi a mulher que o rei Davi egoisticamente mandou buscar enquanto o marido dela estava em batalha. O rei também era um pecador que precisava de um Salvador. Davi teve muitas qualidades destacadas, mas certamente não foi um modelo como pai de família.

Se Deus nos aceita apesar de nossas faltas e falhas, como podemos aprender a fazer o mesmo com os outros, apesar das faltas e falhas deles?

QUARTA - Sendo nós ainda pecadores (Ano Bíblico: 1Sm 24–27)

6. O que as passagens seguintes dizem sobre a natureza humana? Quais fortes evidências temos de que essas declarações são verdadeiras? Rm 3:9, 10; 5:8; Jo 2:25; Jr 17:9
Como tem sido dito com frequência, mas vale a pena repetir, a Bíblia não pinta um quadro otimista do ser humano nem da natureza humana. Da queda no Éden (Gn 3) à queda de Babilônia, nos últimos dias (Ap 18), a triste condição da humanidade é facilmente revelada. Embora tenhamos a tendência de idealizar, por exemplo, os primeiros tempos da igreja, anteriores à grande “apostasia” (2Ts 2:3), isso é um erro (ver 1Co 5:1). Todos nós somos pessoas caídas, prejudicadas, e isso inclui a linhagem da qual o próprio Jesus veio.
O erudito Michael Wilkins escreveu: “A autenticidade e a improbabilidade dessa genealogia deve ter deixado atônitos os leitores de Mateus. Os ancestrais de Jesus eram seres humanos com todas as falhas, mas com todo o potencial das pessoas em geral. Deus atuou através deles para fazer acontecer Sua salvação. Não há um padrão de justiça na linhagem de Jesus. Encontramos adúlteros, prostitutas, heróis e gentios. O ímpio Roboão foi o pai do ímpio Abias, que foi o pai do bom rei Asa. Asa foi o pai do bom rei Josafá […], que foi o pai do ímpio rei Jeorão. Deus estava trabalhando ao longo das gerações, tanto boas quanto más, para realizar Seus propósitos. Mateus mostra que Deus pode usar qualquer pessoa, por mais marginalizada e desprezada que seja, para realizar Seus propósitos. Essas são o próprio tipo de pessoa que Jesus veio salvar” (Zondervan Illustrated Bible Backgrounds Commentary: Matthew [Comentário ilustrado Zondervan sobre o contexto histórico da Bíblia: Mateus]. Grand Rapids: Zondervan, 2002; p. 9).
Essa é a ideia da qual precisamos nos lembrar, não só quando olhamos para os outros, mas também quando olhamos para nós mesmos. Qual cristão, em algum ponto de sua caminhada, não fica desanimado, não questiona sua fé, não cogita se é ou não verdadeiramente convertido? Com muita frequência, também, o que produz esse desânimo é nossa natureza caída, nossos pecados e falhas. Assim, em meio ao desespero, podemos e devemos extrair esperança do fato de que
Deus conhece todas essas coisas e que foi por pessoas exatamente como nós que
Cristo veio a este mundo.
A quais promessas bíblicas você pode se apegar em momentos de desânimo e de desespero espirituais?

QUINTA - O nascimento do divino Filho de Davi (Ano Bíblico: 1Sm 28–31)

Os dois primeiros capítulos de Mateus relatam o nascimento de Jesus numa noite fria e úmida. Provavelmente, não tenha sido em 25 de dezembro. Com base na escala de serviço do sacerdote Zacarias no templo, os eruditos sugerem que Jesus tenha nascido provavelmente no outono, quando as ovelhas ainda estavam nos campos, talvez no final de setembro ou em outubro.
É uma grande ironia que alguns dos primeiros a procurar e adorar o Messias judaico foram gentios. Enquanto a maioria do próprio povo de Jesus (e um meio–judeu paranoico, o rei Herodes) achava que sabia que tipo de Messias esperar, havia nesses viajantes vindos do Oriente a mente e o coração abertos. Os magos, ou sábios, eram respeitados filósofos da Pérsia que devotavam a vida a procurar a verdade, de onde quer que ela viesse. Não é de admirar, então, que estivessem adorando Aquele que era “a Verdade”. Embora o contexto seja diferente, vemos aqui um exemplo da veracidade das palavras faladas séculos antes: “Vocês Me procurarão e Me acharão quando Me procurarem de todo o coração” (Jr 29:13, NVI).
7. Leia Mateus 2:1-14. Que contraste é visto entre a atitude desses sábios e a do rei Herodes?
Esses pagãos caíram de joelhos e adoraram Jesus, em contraste com o rei da nação, que, em vez disso, procurou matá-Lo.
Essa história deve servir como poderoso lembrete de que pertencer a uma igreja não é garantia de estar num relacionamento correto com Deus. Deve também ser um lembrete de que é muito importante uma correta compreensão da verdade. Se Herodes e os sacerdotes tivessem compreendido as profecias referentes ao Messias, ele saberia que Jesus não era o tipo de ameaça que devesse temer. Teria entendido que esse “Rei dos judeus” não era alguém com quem precisava se preocupar, pelo menos em termos de resguardar seu próprio poder político imediato.
Como adventistas do sétimo dia, abençoados com muita luz, como podemos nos proteger do engano de que essa luz significa que estamos automaticamente num relacionamento correto com Deus? Ao mesmo tempo, como a verdade pode nos ajudar a ter uma experiência mais profunda com Deus e a apreciar mais Seu caráter?

 


 

Auxiliar da Escola Sabatina 2º trimestre


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terça-feira, 22 de março de 2016

13. A redenção: 19 a 26 de março

13. A redenção: 19 a 26 de março


SÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: Jz 13–16)

“E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Ap 21:4).

Ap 20:1-3; Jr 4:23-26; 1Co 4:5; Ap 20:7-15; Fp 2:9-11; 2Pe 3:10

Muitas vezes as pessoas perguntam: Por que surgiu o mal? O ponto principal da resposta é a liberdade. A verdadeira liberdade moral envolve riscos, porque se as pessoas (ou anjos) são verdadeiramente livres, devem ter a opção de fazer o mal.

Certo, mas então surge a pergunta seguinte: Por que Deus simplesmente não os exterminou quando fizeram o mal e poupou os outros seres dos horríveis resultados da rebelião?

A resposta leva ao âmago do grande conflito. Como veremos nesta semana, o Senhor exerce um tipo de governo “aberto”, e embora haja muita coisa envolta em mistério a respeito dEle e dos Seus caminhos, Ele resolverá o grande conflito de um jeito que responderá para sempre a todas as perguntas a respeito de Sua abnegação, bondade, justiça, amor e lei.

Na verdade, o Senhor nos dará mil anos para obter as respostas, pelo menos as respostas referentes ao destino dos perdidos (teremos uma eternidade para o restante). Após a segunda vinda, os redimidos viverão e reinarão com Cristo durante mil anos. E o que é ainda mais incrível: eles terão um papel ativo no juízo.

Examinemos então os passos finais no longo drama do grande conflito.

Hoje começa a Semana Santa, que tem como tema “ComPaixão”. Já convidou a pessoa que você levará ao pequeno grupo? Comece hoje a orar por essa pessoa e perceba a diferença em sua vida!

DOMINGO - Satanás amarrado (Ano Bíblico: Jz 17–19)

1. O que é descrito em Apocalipse 20:1-3 e que esperança isso nos oferece?

O conceito de prender ou ser preso é usado de várias formas na Bíblia. No nível mais simples, aplica-se a um prisioneiro. Jesus libertou muitos que haviam sido presos por Satanás. Além disso, o ato de prender é usado para descrever o poder que Deus concede à igreja sobre o mal, tornando-o um símbolo do juízo.

Quando um criminoso perigoso é capturado, é necessário prendê-lo. Contudo, quando as pessoas são presas nos relatos bíblicos, muitas vezes elas não são criminosas. João Batista foi preso com correntes porque denunciou os atos imorais do rei (Mt 14:3, 4). Jesus teve as mãos presas no jardim (Jo 18:12) e em Seu julgamento (Jo 18:24), e foi atado com panos em Sua morte (Jo 19:40). Paulo (At 21:33) e Pedro (At 12:6) foram acorrentados.

Jesus também passou bastante tempo face a face com pessoas que Satanás havia acorrentado. Houve um endemoninhado que arrebentava as correntes que prendiam seus pulsos e tornozelos (Mc 5:3, 4). Antes de Jesus libertá-lo dos demônios, ninguém podia conter o mal. O Senhor encontrou uma mulher encurvada e a libertou (Lc 13:11, 12, 16).
Ele também libertou Lázaro da sepultura e dos panos que o envolviam (Jo 11:43, 44). Houve também Barrabás que, embora acorrentado, foi solto pela turba para que Jesus fosse crucificado (Mc 15:7-15). Em todos esses casos, vemos Satanás tentando manter as pessoas aprisionadas com aflições ou prendendo pessoas inocentes para permitir que o mal florescesse. Mas também vemos Jesus quebrando os grilhões da morte a fim de trazer livramento e liberdade a um mundo irremediavelmente aprisionado por Satanás. No fim, ele será acorrentado e lançado fora, nas trevas (Ap 20:1-3).

Além disso, parte da missão de Jesus de libertar aqueles que o inimigo havia prendido consistia em dar poder aos Seus seguidores. Ele lhes assegurou que Satanás (o “valente”) podia ser preso e sua casa saqueada (Mt 12:26-29). Em outras palavras, o diabo não tem poder contra Cristo nem contra Seus seguidores porque Jesus libertou Seu povo das cadeias de Satanás.

Como Paulo declarou, “a Palavra de Deus não está algemada” (2Tm 2:9). Ela foi o meio pelo qual Jesus silenciou o tentador (Mt 4:4, 7, 10), e nós também podemos usar o mesmo poder para resistir ao inimigo.

Que promessas você pode reivindicar para ser liberto das correntes que o maligno usa para prendê-lo?

Pense no que Jesus significa para você! Hoje é o segundo dia da Semana Santa. Participe com seu pequeno grupo.

SEGUNDA - Perguntas inquietantes (Ano Bíblico: Jz 20, 21)

Os versos iniciais de Gênesis descrevem a Terra como sendo “sem forma e vazia” (Gn 1:2). Essa mesma expressão é repetida por Jeremias para descrever a Terra após sua destruição pelas sete últimas pragas e a segunda vinda, quando todas as suas cidades estarão “derribadas diante do Senhor” (Jr 4:26). De acordo com a descrição de Jeremias, não haverá nenhum homem (Jr 4:25). De acordo com o relato de João, Satanás não mais poderá enganar ninguém (Ap 20:3).

Os efeitos dramáticos e universais da segunda vinda podem explicar o que acontece no Apocalipse. Primeiro, Jesus prometeu levar Seus seguidores para um lugar que Ele foi preparar quando partiu da Terra (Jo 14:1-3). Paulo acrescentou o detalhe de que esses seguidores incluem tanto os vivos quanto os que ressuscitarem da sepultura (1Ts 4:16, 17). João acrescentou outro detalhe: após a primeira ressurreição, que ocorrerá na segunda vinda, os restantes dos mortos continuarão mortos até terminarem os mil anos (Ap 20:5).

2. O que é descrito em Apocalipse 20:4?

“Aos quais foi dada autoridade de julgar”. Como poderiam eles julgar sem obter mais informações do que possuem agora? Antes da destruição final dos ímpios, será dada aos salvos a oportunidade de obter respostas para muitos porquês e inquietações da vida. O mais surpreendente é que os redimidos até desempenham um papel no julgamento dos perdidos.

“Em união com Cristo julgam os ímpios, comparando seus atos com o código – a Escritura Sagrada – e decidindo cada caso segundo as ações praticadas no corpo. Então é determinada a parte que os ímpios devem sofrer, segundo suas obras. Isso é registrado junto ao seu nome, no livro da morte” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 661).

Nesse tempo de abertura dos registros, veremos as incontáveis vezes em que a voz mansa e delicada de Deus atraiu os perdidos com palavras de bondade e amor. Pacientemente Ele persistiu, só para ter Sua voz repetidamente sufocada pelo barulho das coisas que este mundo ostenta como sendo desejáveis. Silenciosamente Ele esperou, ansioso por uma oportunidade de ser reconhecido como Aquele que pagou um preço infinito para que os perdidos pudessem ter a vida, mas, em vez disso, eles escolheram a morte.

Leia 1 Coríntios 4:5. Que promessa é feita a respeito da segunda vinda? Você confia nessas palavras, apesar das muitas perguntas sem resposta?

Ore pelas decisões que serão tomadas durante a Semana Santa e participe hoje da reunião em seu pequeno grupo.

Terça Feira

Nos tempos bíblicos, o julgamento podia ocorrer em dois locais: no portão da cidade e diante do trono do rei. No portão, os anciãos decidiam todos os casos pequenos, mas o rei decidia todos os grandes assuntos. A ele pertencia a palavra final que assegurava justiça. Da mesma forma, nas figuras de linguagem bíblicas, Deus está entronizado como Rei do Universo e garante que finalmente a justiça será feita (Ap 20:11-15).

3. Como podemos entender os importantes eventos mencionados em Apocalipse 20:7-15?

Todo o capítulo 20 de Apocalipse trata dos mil anos. Assim, esse julgamento específico ocorrerá durante esse período. Porém, não é a mesma cena descrita no verso 4, em que há muitos tronos, porque no verso 11 há apenas um trono. Em vez de ocorrer no início dos mil anos, ocorrerá no final, após a segunda ressurreição (Ap 20:5) e depois que Satanás convencer as hostes dos perdidos a cercar a cidade santa (Ap 20:7-9). Nesse momento, o grande trono branco de Deus será visto acima da cidade. Essa será a ocasião da qual Jesus falou quando disse que haveria algumas pessoas que perguntariam a Deus por que elas não conseguiram entrar no reino (Mt 7:22, 23). Será também a ocasião da qual Paulo falou quando disse que um dia diante de Jesus se dobrará todo joelho, “dos que estão nos céus, e na Terra, e debaixo da terra, e toda a língua [confessará] que Jesus Cristo é o Senhor” (Fp 2:9-11).

O propósito do juízo não é ensinar a Deus algo que Ele não saiba, pois Ele já sabe tudo. O propósito é assegurar que todos saibam exatamente por que Deus julgou da maneira como o fez. Toda pessoa e todo anjo serão capazes de dizer: “Tu és justo, Tu que és e que eras, o Santo, pois julgaste estas coisas” (Ap 16:5). Os salvos e os perdidos, tanto seres humanos quanto anjos, verão a retidão e a justiça de Deus.

O ato final no drama será a destruição “[da] morte e [do] Hades [sepultura]”, bem como de todo aquele cujo nome não foi “encontrado no livro da vida” (Ap 20:14, 15, NVI).
Jesus tem na mão as chaves da morte e do hades (Ap 1:18, NVI). Nenhum dos dois tem qualquer razão para continuar existindo. Em vez de enfrentarem o tormento eterno, como é ensinado com tanta frequência, os perdidos serão destruídos. Eles deixarão de existir para sempre, o que é o oposto da vida eterna.

Você já convidou um amigo para ir ao pequeno grupo hoje? A Semana Santa é uma oportunidade de orar e estudar a Bíblia com alguém.

 


 


 

sábado, 19 de março de 2016

Políticos sendo investigados. E nós?

Reavivamento e Reforma

Reavivamento e Reforma é um espaço onde o autor vai tratar de espiritualidade que leva à prática, sobre a grande necessidade que as pessoas têm de buscar a Deus e depender Dele. 
 Eduardo Cunha e outros políticos e profissionais estão sendo investigados pela Procuradoria Geral da República do Brasil e Justiça.  No processo, o atual presidente da Câmara dos Deputados, por estar nesse cargo, tem foro privilegiado. Parece que, a essa altura do caso, o importante para a Justiça, que supostamente representa a população, não é mais o status, o currículo ou o cargo de Cunha, mas sim, saber se ele cometeu atos corruptos ou não. Pelo visto com o que aconteceu com Marcelo Odebrecht, nesses casos, o que determina a decisão da justiça não são os privilégios que uma pessoa já tenha recebido, mas as ações que se dizem ter sido cometidas ou negligenciadas. E assim, a expectativa é ver se o destino irá matar ou revitalizar a carreira do sujeito.
Nós também devemos ser investigados. No juízo investigativo, por termos aceitado a Jesus como nosso Senhor e Salvador, temos o privilégio de poder contar com Sua graça. Contudo, de acordo com a Bíblia, nossa aparência de piedade não será algo determinante na sala de justiça divina, mas sim, saber se nosso caráter terá sido corrupto ou fiel.Pelo visto com o que já aconteceu com vários personagens bíblicos, o que importa não são os dons recebidos, mas a obediência ou não à lei de Deus. E assim, o que nos espera é saber se a sentença irá levar nossa vida espiritual à morte ou ao reavivamento.
No mês passado, apontei para o erro de um cristianismo legalista, que pode bloquear o reavivamento. Voltei a falar da necessidade do equilíbrio. E “o erro oposto, não menos perigoso, é acreditar que Cristo isenta a pessoa de guardar a Lei de Deus; que, considerando que somente pela fé nos tornamos participantes da graça de Cristo, nossas obras nada têm a ver com a nossa redenção”. Que a letra mata, é verdade, entretanto, “a fé, se não tiver obras, por si só está morta”. E o que queremos é a vida espiritual plena! Por isso, “outro elemento essencial do reavivamento é a confissão [e abandono] de todos os pecados”.[
E mesmo ao título O Que Pode Estar Bloqueando o Reavivamento? do texto que respondia de outra forma, vários internautas deram a resposta de Billy Graham: “O que é que bloqueia a atuação do Espírito em nossa vida? É o pecado.” Sim, a iniquidade é um grande obstáculo que bloqueia tanto a atuação do Espírito Santo quanto o avivamento espiritual. Enquanto existir libertinagem, o Senhor não vai atuar. E aqui não falo daqueles que declaram abertamente que a lei foi abolida. Assim como Robert Pierson, preocupo-me conosco que, ao mesmo tempo em que propomos cumprir Apocalipse 14:12, continuamos laodiceanos.
“Muitos estão enganando a si mesmos, vivendo uma religião fácil, acomodatícia, sem cruz”. Por isso, um dos “requisitos para receber a chuva serôdia… é ter um coração não dividido”.  Porque “até mesmo um mau traço de caráter, um desejo pecaminoso cultivado, poderá neutralizar o poder…” e se tornar nossas algemas. O recebimento do Espírito é inseparável do cumprimento da Lei de Deus. “Sem santidade ninguém verá o Senhor”. Assim como sabemos que o reavivamento é inseparável da reforma, é irônico imaginarmos que ambos aconteceriam no conforto do liberalismo que não se empenha em radical e constante mudança nas ideias, teorias, hábitos e práticas. 
O foro privilegiado que Deus nos concede chamado graça não nos autoriza a transgredirmos Sua lei, porque é por nossas obras que seremos julgados. Se alguém vier a ser achado com a ficha suja, a competência por prerrogativa de função não poderá sustentar uma desejada absolvição. Para os que depreciarem a misericórdia de Deus, a preciosa graça de Jesus não poderá conceder a salvação. Afinal, a obediência, “é o resultado da graça atuando no coração por meio do Espírito Santo”. Ou seja, “se a graça que você recebeu não lhe ajuda a guardar a lei, você não recebeu a graça”(Martyn Lloyd-Jones). Quanto à situação das pessoas políticas e influentes do nosso País que estão sob debate público, sem ter nenhum julgamento a proferir, tudo o que tenho a dizer é que tenho orado para que tanto a misericórdia quanto a justiça de Deus, na dosagem de ambas que só o Senhor sabe outorgar, as alcance. Mas o que quero que você tenha em mente é que, assim como quando um grande político procede mal, o país inteiro sofre, a maior desgraça é que, se você insistir no pecado, todo o povo do Senhor poderá ficar privado do poder divino esperado.
Nesse vídeo, entenda mais sobre o assunto:

Mente Saudável Os cuidados para se ter uma vida mentalmente saudável.

Não me julgue!

Muitos conflitos ocorrem devido a pensamentos errados sobre o que passa na mente do outro

 

Nós, seres humanos, temos uma capacidade interessante de pensar sobre o que o outro pensa. Essa é uma capacidade importante para nossos relacionamentos, e ao mesmo tempo delicada. Importante porque nos ajuda a nos colocarmos no lugar do outro e compreender como ele pode se sentir. Delicada porque muitos conflitos em relacionamentos ocorrem devido a coisas que inferimos que se passa na mente do outro. E os cristãos não estão blindados contra esses conflitos.
Você já ouviu alguém dizer que “Fulano se acha mais santo só porque faz isso ou aquilo”? Ou “Fulano faz isso só para mostrar que é santo”? Como podemos afirmar que alguém se acha mais santo que nós? Será que temos a capacidade de ler a mente do irmão para então fazermos uma afirmação dessas ou avaliarmos suas intenções? Não! Não podemos. Deus mesmo disse que “o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração. ” (1 Samuel 16:7). No entanto essas afirmações são muito comuns no meio cristão, especialmente quando está em pauta algum assunto polêmico sobre estilo de vida ou conduta cristã.
Quando fazemos uma afirmação desse tipo, corremos um alto risco de estarmos incorrendo numa distorção cognitiva à qual chamamos, na psicologia cognitiva, de “leitura mental”. Você consegue imaginar a quantidade de conflitos que ocorrem a partir desse tipo de distorção? O conflito inicia com a “leitura mental” e se propaga com a fofoca.
É mais ou menos assim: ao ouvir o testemunho do irmão Paulo acerca de sua experiência com a reforma de saúde, eu deduzo que esse irmão se acha mais santo que os demais porque ele é vegetariano. Então eu comento isso com o irmão Tiago. O irmão Tiago (influenciado pelo que eu lhe disse), ao participar de uma conversa sobre reforma de saúde em um grupo no qual está também o irmão Paulo, interpreta as falas desse irmão como sendo um discurso de ‘salvação pela soja’ e ao contar para a sua esposa sobre a conversa ocorrida no grupo, diz a ela que o irmão Paulo acredita que quem come carne não vai para o céu (ainda que o irmão Paulo nunca tenha dito uma coisa dessas).
E assim seguem circulando informações equivocadas sobre o irmão Paulo. E tudo começou com a minha leitura equivocada da mente do irmão. A forma errada como eu avalio o meu irmão faz com que, facilmente, eu conclua que é o irmão que está me avaliando, me julgando. Então, facilmente eu deixo escapar de meus lábios (ou de meus dedos, em se tratando de redes sociais) a expressão “não julgue! ”. (Algumas vezes usando até a citação bíblica de Mateus 7:1).
É muito comum as pessoas se sentirem julgadas por gente que não as julgou. Isso se dá graças a algumas distorções cognitivas que são desenvolvidas desde a infância (a “leitura mental” é só uma delas), assim como conceitos elaborados de forma deficiente sobre quem sou “eu” e quem é “o outro”.
A forma como eu me vejo diz muito sobre como minha mente irá avaliar o meu irmão. Muitas vezes, achamos que um determinado irmão está nos julgando, quando ele diz que algo que eu pratico é pecado, porque na verdade nossa consciência é que nos julga. No livro Mente, Caráter e Personalidade, vol. 1, Ellen White escreve que “pela condescendência com o pecado é destruído o respeito próprio; e uma vez ausente este, diminui-se o respeito aos outros; concluímos que os outros sejam tão injustos como somos nós. ” (pág. 256).
Nosso julgamento acerca de nós mesmos é muitas vezes negativo, não por humildade, mas pelo desenvolvimento de um autoconceito deficiente ao longo da nossa história de vida. Às vezes nem percebemos isso e achamos que somos bem resolvidos acerca de nós mesmos. Mas na relação com o outro, esse autoconceito deficiente pode ser evidenciado através das formas equivocadas como entendemos as coisas. Sendo assim, faríamos bem em analisarmos a nós mesmos antes de emitirmos um sintomático “não julgue”.
Se estamos nos sentindo julgados, é de fato o outro que está nos julgando? E quão seguro eu posso estar de que o que se passa na mente do outro é um julgamento sobre mim? Quão seguro posso estar de que o outro quer parecer mais santo do que eu quando compartilha um testemunho na igreja, ou quando exorta a igreja acerca de determinado assunto?
Existem pastores e irmãos que se sentem constrangidos em compartilhar com a igreja o que Deus tem feito em suas vidas e o que tem lhes ensinado, devido às interpretações errôneas de alguns irmãos acerca de suas intenções ao compartilharem tal mensagem. E em muitos casos eles não precisam nem falar. A forma como agem no dia a dia, seu estilo de vida, é suficiente para que algumas pessoas concluam que eles se julgam melhores que os demais. Jesus também passou por isso. Pela forma como Ele vivia e tratava as pessoas, seus irmãos “acusavam-nO de Se julgar superior a eles” (O Desejado de Todas as Nações, pág. 87).
Precisamos cuidar para não agirmos como cristãos supersensíveis, que não podem ser exortados, que se queixam de que o povo da igreja julga, que fala por aí que o pastor X ou o irmão Y se acham melhores que os demais, ou que a irmã Fulana quer parecer mais santa que as demais. O pecado causou muitos danos à nossa mente, e deformou a forma como vemos a realidade. Precisamos ser mais cautelosos em nossas conclusões sobre nossos irmãos.
Em terapia, depois de entenderem como ocorrem as distorções cognitivas, muitos pacientes ficam impressionados com a quantidade de formas equivocadas através das quais faziam suas leituras acerca do outro e da realidade em que estavam inseridos. Precisamos ter humildade para reconhecer que algo que concluímos pode, simplesmente, não passar de uma confusão feita pela nossa própria mente!

A crise política no Brasil e a Igreja


Rafael Rossi

Rafael Rossi

Em dia com o nosso tempo

Os fatos diários lidos a partir de um olhar teológico.
 
Posso ser interpretado como parcial em minhas considerações, mas entendo que no momento em que estamos vemos a política brasileira sofrendo com desajustes, a economia ruindo, desemprego aumentando, polarização de opiniões, nomeações duvidosas, embate entre o executivo, legislativo e o judiciário, escutas telefônicas vazadas, noticiários tratando o tempo todo com previsões de mais caos ou até a conclusão do processo de impedimento em andamento contra a presidente de Brasil. Diante disso, é preciso uma leitura com o olhar reflexivo da Igreja sob a perspectiva da Bíblia.
Hoje, quando entrei no táxi, rumo ao aeroporto, o motorista logo me perguntou: o que está achando de tudo o que está acontecendo no Brasil? Comecei a lhe falar e a viagem foi pouca para concluir o assunto. As pessoas não sabem onde se segurar. A imprensa que noticia é também acusada de fabricar informações, de ser tendenciosa. Outros afirmam categoricamente que estamos diante de um golpe. Mas, por outro lado, o que hoje é golpe para a situação já foi solução quando eles eram a oposição.
A complexidade do momento é muito delicada de ser tratada. Há muita emoção e paixão rondando os temas políticos e sociais do Brasil. Essa realidade não é novidade nos tempos bíblicos. Ocorreram no passado crises como as que estamos vivendo nos reinos de Israel e Judá, que na verdade eram um só povo, mas que se dividiram a tal ponto de cada um ter o seu rei pela crise enfrentada.
Mesmo com dois governantes, os problemas não foram resolvidos e cada tentativa de unificar a nação parecia complicar ainda mais a situação. O caos acompanhou o povo por causa da insistência em abandonar a vontade de Deus e seguir por suas próprias convicções.
E nós, cristãos?
Que Deus e Seus princípios estão fora do modo de operação da política no geral, ninguém duvida. Agora, o que podemos nós cristãos fazer?
Quando Jesus tratou sobre ser o sal da terra e a luz do mundo, entendo que Ele se referiu a toda e qualquer situação. Os cristãos devem fazer a diferença onde estão e é nesse momento que entendo que a Igreja precisa fazer a diferença na sociedade.
Não estou dizendo que a Igreja deve tomar partido e se envolver politicamente nas discussões, mas há algumas ações importantes que envolvem cada pessoa para fazer a diferença e ser o que Cristo espera que sejamos. Dentro de cada esfera de ação, a igreja deve aproveitar a instabilidade para oferecer a estabilidade, o caminho da não perspectiva futura para a esperança é a nossa bandeira.
Há solução segura quando princípios revelados na Bíblia são colocados em prática é isso requer que primeiramente sejam reafirmamos os princípios de liberdade religiosa e de expressão. Os cristãos devem chamar as pessoas para promoverem ativamente esses princípios de liberdade e serem livre para defender que a política é também um campo que deve ter espaço para Deus.
Com isso, quero reafirmar a separação entre Estado e Religião, devendo o Estado permanecer neutro e não hostil quanto às religiões, reconhecendo que estas contribuem positivamente na sociedade, garantindo nos termos da Lei a liberdade religiosa de todos e a proteção do fato religioso dando espaço para a Igreja manifestar o seu ponto de vista.
Como cidadãos, os cristãos não podem se afastar das questões que envolvem a vida das pessoas, mas por outro lado também não devem comprometer a religião ou as bases da fé com causas políticas. É uma relação limitada, mas existente.
Os cristãos devem instar os governante para que fiquem atentos e proporcionem um ambiente positivo para a vida das pessoas. Devem também encorajar os que supervisionam os processos constitucional e legislativo para oferecerem proteção às pessoas e que não se beneficie um grupo em particular em detrimento de outros.
Em cada região ou situação, existem formas concretas de se envolver na defesa de uma sociedade mais justa e assim garantir que tal defesa seja sensível tanto ao contexto quanto à situação. Visitar as autoridades políticas e colocar a Igreja como parceira de projetos sociais que influenciarão a vida das pessoas, que estejam dentro dos princípios da Igreja, também são uma causa legítima.
Uma sociedade mais justa se faz com a participação de todos e a Igreja Adventista do Sétimo Dia entende o seu papel nessa construção provendo educação e orientações sobre vida saudável e família que são fundamentais para um país equilibrado e próspero. Esses conceitos precisam ser apresentados às pessoas e aqui está mais uma importante tarefa que depende de cada um.
Cada cristão deve orar também pelos seus governantes. Em Romanos 12:1, a Bíblia diz que nenhuma autoridade se fez sem que Deus permitisse. As crises são sempre oportunidades de reavaliar os rumos que estão sendo dados. Por isso, como cristãos, devemos lutar por uma sociedade melhor, mas sem o uso da violência. Sempre!
A presença dos cristãos na construção da sociedade deve ser sempre diferente pela perspectiva adotada. Por exemplo, na época de Jesus, também havia problemas. A solução está em uma natureza transformada. “Não pelas decisões dos tribunais e conselhos, nem pelas assembleias legislativas, nem pelo patrocínio dos grandes do mundo, há de estabelecer-se o reino de Cristo, mas pela implantação de Sua natureza na humanidade, mediante o operar do Espírito Santo”. O Desejado de todas as nações, página 358, Ellen White.
O conselho bíblico é sempre oportuno: “Crede no Senhor vosso Deus e estareis seguros…”. (2 Crônicas 20:20). Somente no reino eterno e perfeito, preparado para os fiéis, tudo seja justo. O convite do Senhor é para todos.