SÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: Dt 26–28)
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio
real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de
proclamardes as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua
maravilhosa luz” (1Pe 2:9).
1Pe 2:9, 10; Dt 14:2; 1Pe 4:1-7; 2Pe 1:16-21; 3:3-14; Dn 2:34, 35
Pedro tinha plena consciência de que a luta contra o mal é bem real.
Ele escreveu: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário,
anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar”
(1Pe 5:8).
Pedro via a luta se desenrolando de várias formas. Ele via uma luta
acontecendo na igreja, a qual envolvia aqueles que uma vez estiveram em
comunhão com os crentes mas agora eram incrédulos e desdenhavam de Deus e
de qualquer ideia sobre a volta de Cristo. Ele falou em termos fortes e
enérgicos contra os zombadores, porque se fosse perdida a fé na
promessa da volta de Cristo, que esperança restaria?
Talvez Pedro tenha afirmado a fé de maneira tão positiva por causa de
seus próprios fracassos. Ele sabia o que era zombar, negar e tentar se
misturar com a multidão para que outros não o condenassem por ser
seguidor de Jesus. Por isso, ele enfatizou que é muito importante que os
crentes revelem na vida seu elevado chamado e eleição no Senhor, e que
se demonstrem dignos desse chamado e eleição.
DOMINGO - Das trevas para a luz (Ano Bíblico: Dt 29–31)
1. Leia 1 Pedro 2:9, 10. Como o grande conflito é visto nesses dois versos?
Esses versos são uma citação de Êxodo 19:6: “reino de sacerdotes e
nação santa”, e de Deuteronômio 7:6, repetido em Dt 14:2 (NVI): “povo
santo”, escolhido “para ser o Seu povo”, “o Seu tesouro pessoal”. Essas
certezas foram dadas durante o êxodo, quando o povo de Deus estava sendo
libertado da escravidão e levado para a Terra Prometida. Pedro viu um
paralelo entre o povo de Deus durante o êxodo e a igreja de seus dias.
Assim, as palavras de Pedro não são uma descrição do produto final,
mas de uma obra em progresso. Sim, fomos escolhidos e eleitos por Ele, e
devemos louvar publicamente a Deus por nos tirar das trevas com as
quais Satanás envolveu o mundo. Mas isso não nos torna perfeitos nem
significa que, de alguma forma, já tenhamos alcançado o objetivo (ver Fp
3:12). Ao contrário, a consciência de nossa pecaminosidade e dos nossos
defeitos é um aspecto fundamental do que significa seguir Jesus e
sentir a necessidade de Sua justiça em nossa vida.
“É assim que todo pecador deve se aproximar de Cristo. ‘Não pelas
obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo Sua misericórdia,
nos salvou’ (Tt 3:5, ARC). Quando Satanás lhes diz que são pecadores e
vocês não podem esperar receber bênçãos de Deus, digam a ele que Cristo
veio ao mundo para salvar pecadores. Nada temos que nos recomende a
Deus; mas o argumento em que podemos insistir agora e sempre é nossa
condição de completo desamparo, o que torna Seu poder redentor uma
necessidade. Renunciando a toda confiança própria, podemos olhar à cruz
do Calvário e dizer: ‘O preço do resgate eu não tenho; à Tua cruz
prostrado me sustenho’” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações,
p. 317).
Um modo seguro de saber que fomos chamados “das trevas para a Sua
maravilhosa luz” (1Pe 2:9) é nossa percepção de que somos muito
dependentes de Cristo, “o qual Se tornou sabedoria de Deus para nós,
isto é, justiça, santidade e redenção” (1Co 1:30, NVI).
O que vem à sua mente quando se sente abatido e desanimado
por causa de seus atos e até de seu caráter? Como você lida com esses
pensamentos? Como usar essas oca-siões para seu próprio benefício
espiritual?
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SEGUNDA - Pressão do grupo (Ano Bíblico: Dt 32–34)
2. Leia 1 Pedro 4:1-7. Por que são importantes as escolhas a respeito do estilo de vida e como elas afetam nossa preparação para a volta de Cristo?
Pedro declarou que os crentes já haviam passado tempo suficiente fazendo o que outros ao seu redor os pressionavam a fazer (1Pe 4:3). Mas agora as coisas mudaram, e as pessoas podiam achar “estranho” que os cristãos não se unissem à multidão, o que possivelmente resultasse em insulto aos fiéis (1Pe 4:4, NVI). Assim, Satanás usará até antigos amigos para tentar nos desanimar em nossa caminhada com Deus.
Pedro encorajou os cristãos a não se deixarem intimidar por esses ataques. Visto que os “gentios” terão que prestar contas a Deus, o único Juiz, os fiéis não devem se preocupar com o que eles pensam (1Pe 4:5).
O argumento de Pedro é muito importante. Quantas pessoas já sucumbiram sob a pressão das expectativas dos outros, em vez de defender o que creem? Isso é especialmente difícil para os jovens, que lutam com o que é conhecido como “pressão do grupo”.
Em vez de se preocupar em ser aceitos pelos outros, e de se conformar com suas opiniões, exigências e expectativas quanto a eles, Pedro admoesta os crentes a ser bondosos e amáveis com aqueles com quem entrarem em contato (1Pe 4:8, 9). Isso não é apenas um fator extra a ser acrescentado, um dever adicional que precisamos colocar em nossa lista de coisas que o cristão deve fazer. É a coisa mais indispensável que fazemos e a maneira mais importante de interagir com as pessoas que nos cercam. Talvez seja por isso que Pedro sugeriu que precisamos levar a sério nossas orações (1Pe 4:7), uma vez que Deus sabe que às vezes podemos nos dedicar mais a agradar os “gentios” do que a nos relacionarmos de maneira amorosa e amável com aqueles que estão próximos de nós. Precisamos orar não apenas por eles, mas também para que permitamos que Deus nos torne mais sensíveis aos interesses deles. Como “sacerdócio real [e] nação santa”, somos chamados a influenciá–los para o bem, em vez de permitir que eles nos influenciem para o mal.
A trágica história de Israel foi exatamente esta: os pagãos, em vez de ser influenciados para o bem por Israel, influenciaram Israel para o mal.
Você enfrenta pressões de grupo? Como resistir a elas? De que forma a expressão “vence o mal com o bem” (Rm 12:21) é apropriada nessas situações?
TERÇA - Palavra profética confirmada (Ano Bíblico: Js 1–4)
Palavra profética confirmada
3. Leia 2 Pedro 1:16-21. Que palavras importantes ele disse a respeito da palavra profética?
Pedro tinha visto muitas coisas em sua época, e mencionou algumas nessa passagem: o batismo de Jesus (2Pe 1:17), a transfiguração de Jesus no monte (2Pe 1:18) e a confirmação das profecias referentes a Ele (2Pe 1:19). Cada uma dessas coisas havia impactado Pedro profundamente; porém, ele gastou mais tempo no último ponto: as profecias. Isso pode ter algo a ver com seus próprios fracassos como discípulo. Quantas vezes Pedro havia deixado de ouvir o que Jesus estava dizendo porque achava que já conhecia o que estava sendo dito? Quantas vezes Jesus predisse o tratamento futuro que receberia das mãos dos principais sacerdotes em Jerusalém; porém, quando essas coisas aconteceram da maneira exata que Ele tinha dito, em várias ocasiões distintas, Pedro foi pego despreparado. Talvez o mais doloroso de todos esses “fracassos” tenha sido quando Pedro negou o Senhor, conforme Jesus havia predito.
O discípulo tinha tanta certeza de que isso nunca poderia acontecer que, quando realmente aconteceu, deve ter sido o momento mais humilhante de sua vida.
Possivelmente por essa razão Pedro tenha tentado mostrar como ser um fiel seguidor de Jesus. Ele lembrou os seguidores do Mestre a respeito das “preciosas e mui grandes promessas” mediante as quais eles podiam se tornar “coparticipantes da natureza divina”, em contraste com os aprisionados pela “corrupção das paixões que há no mundo” (2Pe 1:4). Para garantir que os crentes de fato escapassem da corrupção, ele mencionou várias qualidades inter-relacionadas que definem o estilo cristão de vida: fé, virtude, conhecimento, domínio próprio, perseverança, piedade, fraternidade e amor (2Pe 1:5-8). Cada uma dessas qualidades é construída sobre a outra e, juntas, formam uma unidade completa, como os ingredientes de um bolo. Paulo chama essas mesmas qualidades de “fruto”, em vez de frutos (Gl 5:22, 23), porque elas formam uma unidade que não pode ser separada.
Além disso, Pedro disse que os crentes não tropeçariam se fizessem desses valores parte de sua vida, e lhes pediu que procurassem, com diligência, “confirmar [sua] vocação e eleição” (2Pe 1:10).
Lembre-se de que Pedro dirigiu sua epístola a membros cristãos que já estavam firmados na fé. Ele não estava sugerindo, de maneira alguma, que o fato de se adequarem a um conjunto especial de requisitos garantiria um bilhete de entrada para o Céu. Estava simplesmente contrastando as atitudes e os comportamentos prevalecentes naquela época, e desafiando os cristãos a empregar suas energias nas coisas positivas, não nas negativas.
QUARTA - Escarnecedores (Ano Bíblico: Js 5–8)
Escarnecedores
4. Leia 2 Pedro 3:3-7. O que Pedro disse sobre o passado que nos ajuda a lidar com questões do presente e do futuro?
A batalha entre a luz e as trevas, entre os seguidores de Jesus e os que promovem o mal, parece estar prestes a atingir o clímax. O diabo, como um leão faminto que ruge à procura de sua próxima refeição (1Pe 5:8), é auxiliado por um coro de zombadores (escarnecedores). Com seus argumentos “racionais” e “científicos” (2Pe 3:3, 4), esses escarnecedores tentam neutralizar a fé dos crentes. Pedro sugeriu que a motivação deles é o desejo de continuar com seu estilo de vida alicerçado nas paixões (2Pe 3:3; ver também
Jd 18). Eles raciocinam que Jesus não virá porque tudo continua funcionando como sempre funcionou.
Há uma característica muito preocupante a respeito dessa zombaria. Jesus disse: “Voltarei” (Jo 14:1-3), mas esses escarnecedores estão dizendo, na verdade: “Jesus não voltará” (2Pe 3:4). Esse é um eco do Éden, onde Deus disse: “Da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:17); contudo, por meio da serpente, Satanás disse:
“É certo que não morrereis” (Gn 3:4). Essa foi uma contradição direta da palavra de Deus, que agora é repetida não por uma voz apenas, como no jardim, mas por um coro de vozes, em toda parte. Apesar dos problemas causados pelas mentiras e zombarias, o fato de que Pedro previu essa tendência, prova que a Bíblia está correta. Toda vez que ouvimos alguém zombando da ideia de que Jesus voltará, essa pessoa se torna um novo cumprimento da profecia.
Embora a História tenha testemunhado a destruição anterior da Terra por um dilúvio catastrófico, os zombadores não querem saber disso. Não desejam admitir que Deus tenha algo a ver com suas opções de vida. Também desejam esquivar-se do fato de que o mesmo Deus que acumulou água para inundar a Terra, da mesma forma reservou fogo para varrer a Terra e destruí-la no grande Dia do Juízo
(2Pe 3:5-7). Sua equivocada esperança é de que a natureza simplesmente continuará funcionando como sempre fez.
À medida que os anos transcorrem, continuamos nos apegando à promessa da segunda vinda de Jesus? Por que é fundamental fazer isso?
QUINTA - Apressando o dia (Ano Bíblico: Js 9–13)
Apressando o dia
Embora a espera pela segunda vinda pareça interminável, o tempo não é uma preocupação para Deus. “Para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia” (2Pe 3:8). Ao longo de toda a Bíblia, o fim está sempre próximo, quer seja o Dia do Senhor no Antigo Testamento ou a volta de Cristo no Novo.
5. Leia 2 Pedro 3:8-14. Que esperança de longo alcance é dada nesse texto? Ver também Daniel 2:34, 35, 44
As profecias clássicas de tempo nos dizem claramente que há um limite para o período em que Deus permitirá que o mal continue e para o período de Sua espera. Nas profecias, Deus apresenta Sua estratégia para acabar com o pecado e o sofrimento, e para restaurar a Terra à sua perfeição original.
Nossa maneira de encarar o fim de todas as coisas que conhecemos afetará nosso modo de viver agora (2Pe 3:12). Se nos rebelarmos ante a ideia de que Deus perturbará nosso “mundinho”, nos inclinaremos à incredulidade e à união com os escarnecedores. Por outro lado, se olharmos para isso como a intervenção final de um Deus misericordioso para acabar com a corrupção abominável e com o abuso de direitos humanos, tão frequentes ao nosso redor, então poderemos, confiantemente “[esperar] novos céus e nova Terra, nos quais habita justiça” (v. 13).
Mais uma vez Pedro apresentou sua preocupação com nossas atitudes e com nossa conduta. Ele nos encoraja a nos empenharmos para ser achados “sem mácula e irrepreensíveis” (2Pe 3:14). Se não fosse o verso seguinte, poderíamos pensar que Pedro estivesse promovendo uma religião “de obras”, mas ele corrige essa possível interpretação errônea com a frase: “a paciência de nosso Senhor significa salvação” (v. 15, NVI), confirmando as palavras de Paulo aos mesmos crentes.
Nosso alvo é ser irrepreensíveis. Jó é descrito como irrepreensível por ser “temente a Deus e [se desviar] do mal” (Jó 1:1). É assim que Cristo nos apresentará ao Pai (1Co 1:8; Cl 1:22; 1Ts 3:13; 5:23, NVI). Por que sem defeitos nem máculas? Era assim que tinha que ser o cordeiro sacrifical (por exemplo, Êx 12:5; Lv 1:3), Jesus era assim (Hb 9:14; 1Pe 1:19) e assim Ele apresentará a igreja ao Pai (Ef 5:27).
Em nossa busca para vencer o pecado, crescer na fé, evitar o mal e ter vida santa e “irrepreensível”, por que precisamos confiar sempre na justiça de Jesus, creditada pela fé? O que acontece quando tiramos os olhos dessa promessa?
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