quarta-feira, 2 de março de 2016

Paulo e a rebelião: 27 de fevereiro a 5 de março

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SÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: Dt 8–10)

“Quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória” (1Co 15:54).
Leituras da semana: Rm 5:12-21; 1Co 3:12-17; 12:14-26; Ef 6:11-17;1Co 15:12-18
Os escritos de Paulo estão repletos do tema do grande conflito. Não há dúvida de que Paulo acreditava não só na realidade de Satanás, mas também na realidade de sua obra de engano e morte. Em numerosos lugares, Paulo advertiu a respeito das “ciladas” de Satanás (Ef 6:11), sobre seus poderosos enganos (2Co 11:14) e, até mesmo, a respeito de seus poderes sobrenaturais (2Ts 2:9).
Mas, como os leitores dos escritos de Paulo sabem, a ênfase do apóstolo sempre esteve em Cristo e em Sua vitória final em nosso favor. Por mais que o inimigo tenha obtido êxito em vencer o povo da aliança de Deus, ao longo dos séculos, ele falhou completamente com relação a Jesus, pois nEle se cumpriram todas as promessas da aliança, assegurando assim a salvação para todos os que a reivindicarem em fé e obediência, tanto judeus quanto gentios. A fidelidade de Cristo assegura também a destruição final de Satanás (Hb 2:14) e o fim do grande conflito.
Nesta semana examinaremos algumas figuras e metáforas que Paulo usou para explicar a realidade da batalha, e como devemos viver, trabalhando juntos para o bem do todo, uma vez que somos uma igreja e uma comunidade de crentes envolvidos nessa luta cósmica.
10o dia.  Dez horas de oração e jejum. Oração nos últimos dias: Hoje vamos orar pela nossa preparação para os eventos finais da história da Terra.

DOMINGO - Adão e Jesus (Ano Bíblico: Dt 11–13)

Embora Paulo seja mais conhecido por sua clara exposição do evangelho, sua explanação do grande conflito também é fundamental. Em meio a seus ensinos das boas-novas, ele resumiu suas ideias principais: fomos “justificados pela fé” por meio de Jesus (Rm 5:1); temos acesso direto a Deus e “gloriamo-nos na esperança” (v. 2); além disso, as tribulações não mais nos preocupam (v. 3-5). Ele apresenta também a certeza de que “Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (v. 8, ARC), e que estamos agora “salvos” pela vida e morte de Cristo em nosso favor. Somos também poupados do juízo final de Deus contra o pecado (v. 9, 10) e nos gloriamos porque fomos reconciliados com Ele (v. 11).
1. Leia Romanos 5:12-21. De que forma o grande conflito é revelado nesses versos?

Após falar sobre o que Cristo fez por nós, Paulo explicou como Jesus fez isso. A menos que o dano causado por Adão junto à árvore no jardim fosse reparado, não haveria esperança de um futuro eterno, e Satanás triunfaria no grande conflito. Adão trouxe morte a todos por causa do que ele fez

(Rm 5:12). Mesmo a apresentação dos dez mandamentos no monte Sinai não pôde deter a morte e o problema do pecado. A lei somente esclarece o que é o pecado; ela não é a solução para o pecado. O problema do pecado e da morte só poderia ser resolvido por meio do sacrifício de Cristo. Jesus pagou a dívida por meio da “dádiva graciosa” de Sua própria vida (Rm 5:15, 16; New
Living Translation [Tradução Nova Vida]).

Então a humanidade podia ser restaurada. Assim como a morte “reinou” por causa do pecado de Adão, a “abundância da graça” e o “dom da justiça” podiam reinar por causa da fidelidade de Jesus (Rm 5:17). Não é justo que tenhamos perdido o paraíso por causa de Adão. Não tivemos parte em sua escolha errada, mas sofremos as consequências dela. Contudo, também não é justo que recuperemos o paraíso. Não tivemos nada a ver com o que Jesus fez dois mil anos atrás. Paulo resumiu seu argumento em Romanos 5:18-21. O primeiro Adão trouxe condenação e morte; o segundo trouxe reconciliação e vida.
“Deus prova o Seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8). Coloque seu nome aí e reivindique essa dádiva para você. Que esperança ela lhe dá?
Fortaleça sua experiência com Deus. Acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org/

SEGUNDA - Edificação da igreja (Ano Bíblico: Dt 14, 15)

“A igreja de Cristo, débil e defeituosa como possa ser, é o único objeto sobre a Terra a que Ele confere Sua suprema atenção” (Ellen G. White, Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 284).
Em nenhum lugar essa clássica declaração de Ellen G. White é mais bem ilustrada do que na primeira carta de Paulo aos Coríntios. Em 1 Coríntios 3, Paulo comparou a igreja a uma lavoura na qual trabalham diferentes pessoas: uma delas planta a semente, outra a rega, mas o próprio Deus é o responsável por seu crescimento e amadurecimento (1Co 3:4-9).
Paulo continuou seu pensamento descrevendo a igreja como um edifício. Alguém lança o fundamento e depois vários outros constroem sobre ele

(1Co 3:10). Pelo fato de que o fundamento não é outro senão Cristo (1Co 3:11), os que vêm depois precisam ter cuidado com o material que usam. O juízo vindouro distinguirá se os materiais de construção usados foram bons ou foram de qualidade inferior (1Co 3:12-15).

2. Leia 1 Coríntios 3:12-15. Compare com Mateus 7:24-27. Quais são as duas coisas que revelam de que lado do conflito estamos?

Agora, reflita nestas palavras: “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado” (1Co 3:16, 17).
Precisamos notar duas coisas. A primeira é que o contexto está falando sobre a igreja e sobre a forma pela qual ela é construída; não está falando primariamente sobre saúde. Deus não destrói as pessoas que abusam de seu corpo com más escolhas de estilo de vida; elas é que se destroem. (Mais adiante, em 1 Coríntios 6:15-20, em relação às nossas escolhas morais, Paulo diz que nosso corpo é o templo do Espírito Santo.)
A segunda coisa é que, nesses dois versos, a palavra usada é “vós”, um plural.

A referência não é a uma pessoa, mas a um grupo. Portanto, se alguém faz alguma coisa para destruir a igreja, essa pessoa está em sério problema. Deus está advertindo que Ele destruirá a pessoa que tenta destruir a igreja.

Como ter certeza de que, em tudo que dizemos e fazemos, estamos edificando e não destruindo a igreja?

TERÇA - A igreja como um corpo (Ano Bíblico: Dt 16, 17)

O papel e as funções da igreja são distintamente apresentados em 1 Coríntios 12. Ali vemos a igreja comparada a um corpo, no qual cada membro tem seu papel claramente definido e todos os membros trabalham juntos como um todo harmônico (1Co 12:12).
3. Leia 1 Coríntios 12:14-26. Qual é a mensagem essencial desse texto?
Paulo falou de um modo aparentemente ridículo, cogitando o que aconteceria se um pé ou um ouvido dissessem que não são do corpo. Paulo ainda foi além, especulando sobre o que aconteceria se o corpo todo fosse um olho ou um ouvido (1Co 12:17). Imagine uma grande orelha atravessando a sala para nos dizer “olá”! Por mais ridículo que possa parecer, isso de fato acontece quando alguém tenta controlar a igreja como se fosse seu único proprietário.
Anteriormente, Paulo apresentou várias atividades realizadas na igreja, descrevendo cada uma delas como um dom do Espírito Santo. Há os que falam com sabedoria, e há outros que têm muito conhecimento das Escrituras (1Co 12:8). Há aqueles cuja fé é uma inspiração para todos, e há aqueles que possuem um toque curador (1Co 12:9). Há operadores de milagres, pessoas com discernimento profético, outras que conseguem distinguir com clareza entre o bem e o mal, e aqueles que podem romper as barreiras das línguas (1Co 12:10). Note que não foram as pessoas envolvidas que decidiram qual seria sua habilidade, mas o Espírito Santo escolheu cada uma delas, vindas de contextos diferentes, para trazerem edificação e união ao corpo, ou seja, à igreja (1Co 12:11-13). Para destacar esse fato importante, Paulo repetiu suas palavras: Deus é quem decide onde cada membro se encaixa (1Co 12:18).
E o mais importante: apesar dos muitos membros, há um só corpo; cada membro está vitalmente ligado a todos os outros, mesmo aqueles que não se consideram muito valiosos (1Co 12:20-24). Essa interdependência tem proteções inerentes para garantir a segurança e o bem-estar de cada um. A interdependência entra em cena quando os sofrimentos e as alegrias são compartilhados (1Co 12:26).
Algumas pessoas lutam com doenças autoimunes, quando uma parte do corpo ataca outra. Essas doenças podem ser debilitantes e, às vezes, fatais. Considerando as passagens mencionadas hoje, como o inimigo trabalha para enfraquecer o corpo, e como podemos ser usados pelo Senhor para ajudar a deter esse ataque?

QUARTA - A armadura de Deus (Ano Bíblico: Dt 18–20)

A realidade do grande conflito e o fato de que estamos numa batalha literal contra um inimigo real (Ef 6:11) são revelados pelo uso que Paulo fez de figuras alusivas à guerra, em Efésios 6.
4. Leia Efésios 6:11-17. O que esses versos dizem sobre o fato de que batalha é muito real e pessoal?
O que conta não é a função das várias peças da armadura, mas o que essas peças representam. Note que Paulo enfatizou que precisamos usar toda a armadura, não só determinadas partes dela. Ao fazer isso, permaneceremos inabaláveis [“ficar firmes” ou “permanecer de pé”] (Ef 6:13), uma metáfora usada na Bíblia para descrever inocência no julgamento (ver Sl 1:5). Em outras palavras, seremos vitoriosos.
O que segura toda a armadura no lugar é o cinto, usado como metáfora da verdade (Ef 6:14). Assim, a verdade é o que mantém no lugar todas as nossas defesas espirituais. Muitas vezes Jesus falou sobre a verdade (Jo 1:14, 17; 4:24; 8:32; 14:6). A seguir vem a couraça da justiça (Ef 6:14); “justiça” é outra palavra-chave nos discursos de Jesus (por exemplo: Mt 5:6, 10; 6:33). No Antigo Testamento havia a compreensão de que a justiça defendia a imparcialidade e assegurava que todos fossem tratados de maneira correta.
Os calçados militares (Ef 6:15) representam o evangelho da paz, uma expressão tomada de Isaías 52:7, que fala sobre as pessoas andando grandes distâncias para avisar àqueles que estavam no cativeiro que Jerusalém havia sido reconstruída e que Deus havia restaurado a liberdade de Seu povo. É outra maneira de dizer que parte da luta contra o mal consiste em informar às pessoas que Deus já venceu a batalha, e que elas podem, agora, viver em paz consigo mesmas, com os outros e com Deus.
O escudo da fé (Ef 6:16) impede que “dardos inflamados” atinjam o alvo e causem grande destruição. O capacete da salvação (Ef 6:17) é paralelo à coroa que Jesus compartilha conosco (Ap 1:6; 2:10), e a espada do Espírito (a Palavra de Deus) é nossa única arma de defesa, que deve ser usada como Jesus a usou quando tentado pelo diabo (Mt 4:4, 7, 10).
A armadura precisa ser completa. O que isso nos diz sobre nossa total dependência de Deus no grande conflito? Como ter certeza de que nenhuma parte do nosso corpo está desprotegida?

QUINTA - O último inimigo (Ano Bíblico: Dt 21–23)

Evidentemente, alguns da igreja de Corinto estavam confusos a respeito da ressurreição. Paulo explicou cuidadosamente sua importância como elemento–chave do evangelho (1Co 15:1-4). Parece que havia alguma preocupação a respeito dos crentes que haviam morrido (1Co 15:6), e alguns estavam sugerindo que os que haviam morrido não participariam da volta de Cristo (1Co 15:12). Essa situação era semelhante à de Tessalônica (1Ts 4:13-17).
5. Leia 1 Coríntios 15:12-18. Qual é a implicação de negar a ressurreição dos mortos?
Paulo concluiu seu argumento dizendo que “se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (1Co 15:19). Mas, ao contrário, Cristo de fato ressuscitou e Se tornou “as primícias dos que dormem” (1Co 15:20).
Então Paulo comparou Cristo com Adão: “Assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo” (1Co 15:22), e especificou quando será essa ressurreição geral: “na Sua vinda” (1Co 15:23). Posteriormente, no mesmo capítulo, ele continuou com a comparação dos dois “Adões” (1Co 15:45-49). O primeiro homem foi feito do pó, mas o Homem celestial é do Céu; por isso, um dia também seremos iguais a Ele (1Co 15:47-49). O significado disso é explicado numa descrição do que acontece na segunda vinda: “A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade” (1Co 15:52, 53). Embora Adão a princípio tenha sido feito para viver para sempre, a humanidade logo se deteriorou a ponto de viver apenas por um período de tempo relativamente curto. Se vamos herdar a vida eterna, precisamos ser transformados para durar para sempre, e isso nos será concedido.
Leia 1 Coríntios 15:23-26. Embora estejamos imersos no grande conflito, e ainda que a morte, o mal e as forças satânicas pareçam dominar o mundo, o que esses versos dizem sobre o final do grande conflito? Como aprender a olhar além do que vemos e captar o que essas promessas significam para cada um de nós?

 

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