Reavivamento e Reforma
Reavivamento e Reforma é um espaço onde o autor vai tratar de
espiritualidade que leva à prática, sobre a grande necessidade que as
pessoas têm de buscar a Deus e depender Dele.
Eduardo Cunha e outros políticos e profissionais estão sendo investigados pela Procuradoria Geral da República do Brasil e Justiça. No processo, o atual presidente da Câmara dos Deputados, por estar nesse cargo, tem foro privilegiado. Parece que, a essa altura do caso, o importante para a Justiça, que supostamente representa a população, não é mais o status,
o currículo ou o cargo de Cunha, mas sim, saber se ele cometeu atos
corruptos ou não. Pelo visto com o que aconteceu com Marcelo Odebrecht,
nesses casos, o que determina a decisão da justiça não são os
privilégios que uma pessoa já tenha recebido, mas as ações que se dizem
ter sido cometidas ou negligenciadas. E assim, a expectativa é ver se o
destino irá matar ou revitalizar a carreira do sujeito.
Nós também devemos ser investigados. No juízo investigativo, por termos aceitado a Jesus como nosso Senhor e Salvador, temos o privilégio de poder contar com Sua graça. Contudo, de acordo com a Bíblia, nossa aparência de piedade não será algo determinante na sala de justiça divina, mas sim, saber se nosso caráter terá sido corrupto ou fiel.Pelo visto com o que já aconteceu com vários personagens bíblicos, o que importa não são os dons recebidos, mas a obediência ou não à lei de Deus. E assim, o que nos espera é saber se a sentença irá levar nossa vida espiritual à morte ou ao reavivamento.
No mês passado, apontei para o erro de um cristianismo legalista, que pode bloquear o reavivamento.
Voltei a falar da necessidade do equilíbrio. E “o erro oposto, não
menos perigoso, é acreditar que Cristo isenta a pessoa de guardar a Lei
de Deus; que, considerando que somente pela fé nos tornamos
participantes da graça de Cristo, nossas obras nada têm a ver com a
nossa redenção”. Que a letra mata, é verdade, entretanto, “a fé, se não tiver obras, por si só está morta”.
E o que queremos é a vida espiritual plena! Por isso, “outro elemento
essencial do reavivamento é a confissão [e abandono] de todos os
pecados”.[
E mesmo ao título O Que Pode Estar Bloqueando o Reavivamento? do texto que respondia de outra forma, vários internautas deram a resposta de Billy Graham: “O que é que bloqueia a atuação do Espírito em nossa vida? É o pecado.” Sim, a iniquidade é um grande obstáculo que bloqueia tanto a atuação do Espírito Santo quanto o avivamento espiritual. Enquanto existir libertinagem, o Senhor não vai atuar. E aqui não falo daqueles que declaram abertamente que a lei foi abolida. Assim como Robert Pierson, preocupo-me conosco que, ao mesmo tempo em que propomos cumprir Apocalipse 14:12, continuamos laodiceanos.
“Muitos estão enganando a si mesmos, vivendo uma religião fácil, acomodatícia, sem cruz”. Por isso, um dos “requisitos para receber a chuva serôdia… é ter um coração não dividido”. Porque “até mesmo um mau traço de caráter, um desejo pecaminoso cultivado, poderá neutralizar o poder…” e se tornar nossas algemas. O recebimento do Espírito é inseparável do cumprimento da Lei de Deus. “Sem santidade ninguém verá o Senhor”.
Assim como sabemos que o reavivamento é inseparável da reforma, é
irônico imaginarmos que ambos aconteceriam no conforto do liberalismo
que não se empenha em radical e constante mudança nas ideias, teorias,
hábitos e práticas.
O foro privilegiado que Deus nos concede chamado graça não nos autoriza a transgredirmos Sua lei, porque é por nossas obras que seremos julgados.
Se alguém vier a ser achado com a ficha suja, a competência por
prerrogativa de função não poderá sustentar uma desejada absolvição.
Para os que depreciarem a misericórdia de Deus, a preciosa graça de
Jesus não poderá conceder a salvação. Afinal, a obediência, “é o resultado da graça atuando no coração por meio do Espírito Santo”.
Ou seja, “se a graça que você recebeu não lhe ajuda a guardar a lei,
você não recebeu a graça”(Martyn Lloyd-Jones). Quanto à situação das
pessoas políticas e influentes do nosso País que estão sob debate
público, sem ter nenhum julgamento a proferir, tudo o que tenho a dizer é
que tenho orado para que tanto a misericórdia quanto a justiça de Deus,
na dosagem de ambas que só o Senhor sabe outorgar, as alcance. Mas o
que quero que você tenha em mente é que, assim como quando um grande
político procede mal, o país inteiro sofre, a maior desgraça é que, se
você insistir no pecado, todo o povo do Senhor poderá ficar privado do
poder divino esperado.
Nesse vídeo, entenda mais sobre o assunto:
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