23 de julho de 2015
Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas” (Mateus 5:41).
Não gostamos de fazer as coisas por obrigação. Dá a impressão de que
estamos nos submetendo a um pedido despropositado e sendo
inferiorizados. Esperneamos, argumentamos, reclamamos, mas não adianta.
Obrigação significa ausência de diálogo. Não há opção. Não opine! Não
discuta! Não há escolha.
Acredito que, fora do momento de combate, em nenhum outro momento o
soldado romano era mais odiado do que quando recrutava um civil para
carregar suas armas e equipamento. Mas Jesus não limitou a questão ao
soldado romano: “Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com
ele duas.”
Uma das características do verdadeiro cristianismo é produzir homens e
mulheres da segunda milha. E o importante é como caminhar a segunda
milha. Tenho que andar nela com alegria, com entusiasmo, sem
ressentimento e sem reclamação.
Na primeira milha, você vai se encontrar com gente que chega na hora e
sai na hora. Na segunda, vai se encontrar com quem chega antes e sai
depois.
Na primeira milha, você vai ver pessoas que fazem até 95% do
trabalho. Na segunda, pessoas que vão dos 95% aos 100%. Na primeira
milha, você vai se encontrar com gente que inventa qualquer motivo para
se ausentar do trabalho. Na segunda, vai se unir a gente disposta a dar
mais energia do que se espera e até a se sacrificar.
A primeira milha está sempre cheia, congestionada. Os que viajam nela
são os que perguntam: “Como é que eu posso fazer o mínimo e, mesmo
assim, sobreviver no emprego?”
Somos chamados a andar a segunda milha mesmo quando a mesa está
abarrotada de trabalho e as pessoas chegam fora de hora. Quando vem um
pedido no fim do expediente e você está com acúmulo de trabalho. Quando
passam para você uma carga extra de trabalho de outra pessoa que é
“folgada” e preguiçosa.
Você anda a segunda milha quando faz mais do que estão lhe pedindo.
Até mesmo quando lhe pedem que faça uma coisa de que você não gosta, ou
que seja desinteressante para você.
Em todos os postos de trabalho, em todas as posições, precisamos hoje
de gente da segunda milha. Se a lei do menor esforço prevaleceu durante
algum tempo, você deve estar atento porque, mesmo sem se falar de
“segunda milha”, valoriza-se a tenacidade e a dedicação no trabalho.
Será que você pode honestamente dizer que é uma pessoa da segunda milha?
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