quarta-feira, 8 de julho de 2015

Tratamento de choque

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8 de julho de 2015

“Não por força nem por poder, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zacarias 4:6).
“Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra” (M 5:5). Essa declaração deve ter causado um grande choque para os judeus dos dias de Jesus. Afinal de contas, eles estavam aguardando um Messias que os libertaria do poder de Roma através da força armada.
O Messias, eles acreditavam, seria como Davi, o rei guerreiro. Afinal, os Salmos de Salomão (livro pseudoepígrafo escrito durante o período entre o Antigo e o Novo Testamentos) não anunciavam que o ungido Filho de Davi seria um rei que se levantaria dentre o povo para libertar Israel de seus inimigos? Ele “aniquilaria todos os seus bens com vara de ferro, para destruir as nações ímpias com a palavra de Sua boca”. Salmos de Salomão 17:26 e 27.
A última coisa que os judeus do primeiro século desejavam era um Messias manso. Eles queriam um líder que pudesse e desse a Roma o que ela merecia. Jesus era o oposto do modelo que eles desejavam e aguardavam.
Bem, é fácil para nós cristãos percebermos que os judeus estavam errados. Mas não somos culpados de apresentar o mesmo tipo de pensamento às vezes? Também não temos a tendência de prestar honras aos bem-sucedidos e glorificar as realizações dos “grandes” pregadores e líderes da igreja, como se a batalha fosse ganha pelas palavras e esforços humanos? E não somos também tentados, como Davi, a confiar em organização e números em busca de força? Boas como essas coisas possam parecer, elas não são a fonte do sucesso do cristão.
Deus tem inúmeras maneiras de levar a cabo a comissão do evangelho e introduzir a plenitude do reino, das quais nada sabemos. De vez em quando precisamos reler a história de Gideão. No caso dele, Deus continuou reduzindo os números em vez de acrescentar, antes de conceder a vitória.
No reino de Cristo, é a mansidão que está na base do sucesso, e não o poder humano. Precisamos nos lembrar de que a vitória, tanto em nossa vida pessoal como na igreja em geral, não vem “por força, nem por poder, mas pelo Espírito de Deus”.

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