domingo, 21 de junho de 2015

Crucificado e ressurreto – lição 13 | 20 a 27 de junho


Resumo da lição em Vídeo

 

VERSO PARA MEMORIZAR:

“Importa que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de pecadores, e seja crucificado, e ressuscite no terceiro dia” (Lc 24:7).
Leituras da Semana:Gn 3:1-6; Lc 22:39-46; 2Co 13:8; Lc 22:53; Mt 12:30; 1Co 5:14
Desde a infância, Jesus tinha consciência de que viera à Terra para cumprir a vontade de Seu Pai (Lc 2:41-50). Ele ensinou, curou e ministrou tendo o compromisso inabalável de obedecer ao Pai. Então, depois de celebrar a última Ceia, chegou o momento de andar sozinho, de confirmar a vontade de Deus, de ser traído e negado, de ser julgado e crucificado, e de ressuscitar vitorioso sobre a morte.
Ao longo de toda a Sua vida, Jesus soube que a cruz era inevitável. Muitas vezes, nos evangelhos, é usada a expressão “importa que” ou “é necessário que” em conexão com os sofrimentos e a morte de Jesus (Lc 17:25; 22:37; 24:7; Mt 16:21; Mc 8:31; 9:12; Jo 3:14); ou seja: é necessário que Ele vá a Jerusalém; importa que Ele sofra; importa que seja rejeitado; importa que seja levantado; e assim por diante. Nada impediria o Filho de Deus de ir até o Gólgota. Ele classificava como vinda de Satanás (Mt 16:22, 23) qualquer sugestão para que rejeitasse a cruz. Estava convencido de que precisava “seguir […] sofrer […] ser morto e ressuscitado” (v. 21). Para Jesus, a jornada rumo à cruz não era uma opção; era uma necessidade (Lc 24:25, 26, 46), uma parte do divino “mistério que esteve oculto durante épocas e gerações, mas que agora foi manifestado a Seus santos” (Cl 1:26, NVI).

Domingo – Getsêmani: a luta terrível

No princípio da História, Deus criou Adão e Eva e os colocou num belo jardim dotado de tudo o que eles precisavam para uma vida feliz. Logo, algo extraordinário aconteceu: Satanás apareceu (Gn 3). Ele tentou o primeiro casal e depois mergulhou o jovem planeta num grande conflito entre o bem e o mal, entre Deus e Satanás.
Então, no tempo de Deus, outro jardim (Lc 22:39-46) se tornou um grande campo de batalha onde se travou a guerra entre a verdade e a mentira, entre a justiça e o pecado, e entre o plano de Deus para a salvação humana e o alvo de Satanás de destruir a humanidade.
No Éden o mundo foi mergulhado no desastre do pecado; no Getsêmani foi assegurada a vitória final do mundo. O Éden viu o trágico triunfo do eu colocando-se contra Deus; o Getsêmani mostrou o eu rendendo-se a Deus e revelando a vitória sobre o pecado.
1. Compare o que aconteceu no Éden (Gn 3:1-6) com o que aconteceu no Getsêmani (Lc 22:39-46). Qual é a grande diferença entre o que aconteceu nos dois jardins?
O Getsêmani representa dois fatos fundamentais: primeiro, uma tentativa violentíssima de Satanás de desviar Jesus de Sua missão e propósito; e, em segundo lugar, o mais nobre exemplo de confiança na força de Deus para que Sua vontade e propósito fossem realizados. O Getsêmani mostra que, por mais forte que a batalha seja e por mais fraco que alguém seja, a vitória é certa para aquele que experimentou a força da oração. Como diz a famosa oração de Jesus: “Contudo, não seja feita a Minha vontade, mas a Tua” (Lc 22:42).
Todas as hostes de Satanás estavam arregimentadas contra Jesus; os discípulos, a quem Ele tanto amava, estavam insensíveis ao Seu sofrimento. O sangue pingava de Seus poros gota a gota; o beijo do traidor era iminente; e os sacerdotes e a guarda do templo estavam prontos para atacar. Contudo, Jesus nos mostrou que a oração e a submissão à vontade de Deus dão à alma a força necessária para suportar os grandes fardos da vida.
Da próxima vez que você for severamente tentado, como poderá ter o tipo de experiência que Jesus teve no Getsêmani, em vez da que Adão e Eva tiveram no Éden? Qual é o fator crucial que faz toda a diferença entre esses dois tipos de experiência?

Segunda-feira – Judas

2. “então satanás entrou em Judas, chamado iscariotes, um dos doze” (Lc 22:3). sem dúvida, satanás trabalhou arduamente para conseguir o domínio de todos os discípulos. Porém, o que havia com Judas, em contraste com os outros, que fez com que o adversário tivesse tanto sucesso em relação a ele?
Lucas conta como Jesus orou sozinho a noite toda nas montanhas antes de escolher Seus discípulos (Lc 6:12-16). Jesus acreditava que os Doze eram um presente de Deus para Ele (Jo 17:6-9). Judas realmente foi uma resposta à oração? Como devemos entender o que se passou ali, senão concluir que, mesmo na traição e na apostasia de Judas o propósito de Deus devia se cumprir? (Ver 2Co 13:8).
Judas, que tinha tanto potencial, que podia ter sido outro Paulo, tomou uma direção completamente errada. O que poderia ter sido como uma experiência do Getsêmani para ele foi, em vez disso, como a queda do Éden. “Havia alimentado o mau espírito da avareza até que se lhe tornou o motivo dominante na vida. O amor de Mamom sobrepujou o amor de Cristo” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 716).
Quando Jesus alimentou cinco mil pessoas com cinco pães e dois peixes (Lc 9:10-17), Judas foi o primeiro a perceber o valor político do milagre e “foi ele que arquitetou o plano de apoderar-se de Cristo à força e fazê-Lo rei” (Ibid., p. 718, 719). Mas Jesus censurou essa tentativa, e ali começou o desencanto de Judas: “Altas eram suas esperanças. Amarga foi sua decepção” (Ibid., p. 719). Obviamente Judas, como os outros, acreditava que Jesus usaria Seus extraordinários poderes para estabelecer um reino mundial, e Judas desejava claramente um lugar nesse reino. Que tragédia! Seu desejo de um lugar num reino temporal que nunca viria fez com que ele perdesse o lugar num reino eterno que certamente virá!
Em outra ocasião, quando uma devota seguidora de Jesus resolveu ungir-Lhe os pés com um bálsamo muito caro, Judas condenou o ato dela como um desperdício econômico (Jo 12:1-8). Tudo o que Judas conseguia ver era dinheiro, e seu amor ao dinheiro ofuscou seu amor por Jesus. Essa fixação em dinheiro e no poder levou Judas a colocar uma “etiqueta de preço” no inestimável dom do Céu (Mt 26:15). Daí em diante, “Satanás entrou em Judas” (Lc 22:3). E Judas se perdeu.
Não há nada de errado com status, poder ou dinheiro. O problema surge quando essas coisas ofuscam nossa fidelidade a Deus. Por que é sempre importante fazermos uma autoavaliação para que não nos enganemos a respeito de nós mesmos, como ocorreu com Judas?

Terça – Com Ele ou contra Ele

Por tudo o mais que ela envolve, a cruz é também o grande divisor da História: o divisor entre fé e incredulidade, entre traição e aceitação, e entre vida eterna e morte. Não há meio-termo para nenhum ser humano no que diz respeito à cruz. No fim das contas, ou estamos de um lado ou do outro. “Quem não é por Mim é contra Mim; e quem comigo não ajunta espalha” (Mt 12:30). Essas são palavras fortes, e podem nos deixar pouco à vontade, mas Jesus está simplesmente expressando a realidade e o que a verdade implica para aqueles que estão envolvidos no grande conflito. Ou estamos com Jesus ou com Satanás.
É radical mesmo!
3. Como as seguintes pessoas estão relacionadas a Jesus, e que lições podemos aprender do exemplo delas que possam nos ajudar em nosso próprio relacionamento com deus e em nossa maneira de nos relacionarmos com a cruz?
Os membros do sinédrio (Lc 22:53). Que erros essas pessoas cometeram? Por que os cometeram? Com relação ao conceito que tinham de Jesus, como podemos nos precaver para não cometer o mesmo erro?
Pilatos (Lc 23:1-7, 13-25). O que levou Pilatos a dizer: “Não acho nEle crime algum” (Jo 19:4) e, ao mesmo tempo, sentenciá-Lo a ser crucificado? O que podemos aprender com seu erro quando deixou de fazer o que sabia ser o certo?
Herodes (Lc 23:6-12). Qual foi o grande erro de Herodes, e o que podemos aprender desse erro?
Os dois ladrões (Lc 23:39-43). Dois pecadores olham para a mesma cruz e têm duas reações diferentes. Como essa cena revela o aspecto alternativo da salvação, isto é, ou estamos de um lado do grande conflito ou do outro?

Quarta – Ele ressuscitou

No domingo de manhã, bem cedo, as mulheres foram ao túmulo com um único propósito – completar o ritual do sepultamento. Apesar do tempo que elas haviam passado com Jesus, não haviam compreendido verdadeiramente o que iria acontecer. Certamente, não estavam esperando encontrar um túmulo vazio, nem que lhes fosse dito pelos mensageiros celestiais: “Ele não está aqui, mas ressuscitou” (Lc 24:6).
4. só nos primeiros capítulos de atos há pelo menos oito referências à ressurreição de Jesus: atos 1:22; 2:14-36; 3:14, 15; 4:1, 2, 10, 12, 33; 5:30-32. Por que a ressurreição era tão central na pregação apostólica e na fé da igreja primitiva? Por que ela ainda é tão crucial também para nós, hoje?
As mulheres foram testemunhas oculares em primeira mão da ressurreição de Jesus. Apressaram-se a compartilhar a boa notícia com outros, mas ninguém acreditou nelas (Lc 24:11). Ao contrário, os apóstolos consideraram esse grande fato da história da redenção como um “delírio” de mulheres exaustas e tristes (v. 10, 11).
Logo eles descobririam o quanto estavam errados!
A ressurreição de Cristo é fundamental para o ato redentor de Deus e para a totalidade da fé e da existência cristã. O apóstolo Paulo torna isso muito claro: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé” (1Co 15:14). Ela é vã, ou vazia, porque somente na ressurreição de Cristo podemos encontrar a esperança que temos. Sem essa esperança, nossa vida termina aqui, e termina eternamente. A vida de Cristo não terminou numa tumba, e a grande promessa que temos não terminará também.
“Se Cristo não ressuscitou dos mortos, o longo curso dos atos redentores de Deus para salvar Seu povo termina numa rua sem saída, numa tumba. Se a ressurreição de Cristo não é uma realidade, então não temos nenhuma segurança de que Deus é o Deus vivo, pois a morte tem a última palavra. A fé é fútil porque o objeto dessa fé não vindicou a Si mesmo como o Senhor da vida. Se Cristo está, de fato, morto, a fé cristã, então, está encarcerada numa tumba juntamente com a suprema e mais elevada autorrevelação de Deus em Cristo” (George Eldon Ladd, A Theology of the New Testament. Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans, 1974, p. 318).

Quinta – “Importava que se cumprisse tudo”

5. Leia Lucas 24:13-49. nos vários encontros que Jesus teve com as pessoas, o que ele destacou a fim de ajudá-las a compreender o que aconteceu com ele? Por que isso é tão importante hoje em nosso testemunho ao mundo?
Aressurreição de Jesus devia ter sido evidência suficiente para provar Sua messianidade. Surrado e brutalizado antes de ser crucificado e, finalmente, atravessado por uma lança, Jesus foi, então, envolvido em panos e colocado numa tumba. Mesmo que, como alguns têm ridiculamente sugerido, Ele tivesse sobrevivido à cruz e ao sepultamento, um Jesus ensanguentado, machucado e enfraquecido, que de alguma forma saísse cambaleando da tumba não teria representado para ninguém a ideia de um Messias vitorioso. Contudo, ali estava Jesus, vivo e suficientemente bem para andar pelo menos alguns quilômetros com dois homens na estrada de Emaús. E, mesmo então, antes de revelar quem era, Jesus lhes indicou as Escrituras, dando-lhes um firme alicerce bíblico para sua fé nEle.
Depois, quando apareceu aos discípulos, mostrou-lhes Seu corpo e comeu com eles. E fez mais: apontou-lhes a Palavra de Deus: “Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em Seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas” (Lc 24:46-48).
Nesse caso, também, Jesus não só apontou para as Escrituras (além das evidências de que Ele estava realmente vivo e entre eles), mas usou as Escrituras para ajudá-los a entender exatamente o que Lhe havia acontecido. E mais: associou diretamente Sua ressurreição à missão de pregar o evangelho a todas as nações.
Portanto, mesmo com todas as poderosas evidências que provavam quem era Jesus, Ele sempre dirigia Seus seguidores de volta à Palavra de Deus. Afinal de contas, sem a Palavra de Deus entre nós hoje, como saberíamos a respeito de nosso chamado e missão de pregar o evangelho ao mundo? Como saberíamos até mesmo o que é o evangelho? Portanto, a Bíblia é tão central para nós hoje quanto foi para Jesus e Seus discípulos.
Quanto tempo você passa com a Bíblia? Como isso afeta sua maneira de viver, as escolhas que faz e sua maneira de tratar os outros?

Sexta – Estudo adicional

“Osignificado da morte de Cristo será percebido por santos e anjos. Seres humanos caídos não teriam um lar no paraíso de Deus sem o Cordeiro morto desde a fundação do mundo. Não exaltaremos, então, a cruz de Cristo? Os anjos atribuem honra e glória a Cristo, pois nem mesmo eles se encontram seguros, a não ser olhando para os sofrimentos do Filho de Deus. É pela eficácia da cruz que os anjos do Céu são protegidos contra a apostasia. Sem a cruz, não mais estariam seguros contra o mal do que os anjos estavam antes da queda de Satanás. A perfeição angélica fracassou no Céu. A perfeição humana fracassou no Éden, o paraíso da bem-aventurança. Todos os que desejam segurança na Terra ou no Céu precisam olhar para o Cordeiro de Deus” (Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 5, p. 1265).

Perguntas para reflexão

1. No contexto da ciência, um autor escreveu: “Em resumo, temos evidências diretas para um número surpreendentemente pequeno de crenças que defendemos” (Richard DeWitt, Worldviews: An Introduction to the History and Philosophy of Science, segunda edição. Chichester, West Sussex, Reino Unido: John Wiley and Sons, Ltd., 2010, p. 15). Contudo, temos muitas razões muito boas para nossa fé. Olhe para o que Jesus disse aos discípulos: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim” (Mt 24:14). Agora, pense no tempo em que Jesus disse essas palavras. Quantos seguidores Ele tinha nessa época? Quantas pessoas haviam acreditado nEle? Pense, também, em toda a oposição que a igreja primitiva iria enfrentar, durante séculos, no Império Romano. Essa predição nos ajuda a confiar na Palavra de Deus?
2. O texto de Ellen G. White mostra a universalidade das questões relativas ao pecado. Nem os anjos estão seguros se não olharem para Jesus. O que isso significa?
Respostas sugestivas:1. No Éden, o primeiro Adão renunciou à vontade de Deus para fazer a sua própria vontade; no Getsêmani o segundo Adão renunciou à Sua própria vontade para fazer a vontade de Deus. 2. Judas cultivou um pecado até que esse pecado tomou conta de toda a sua vida e o colocou inteiramente nas mãos de Satanás. 3. Os membros do Sinédrio: ouviram Cristo muitas vezes ensinando no templo, mas endureceram o coração contra Ele até que tramaram Sua morte e, por fim, conseguiram concretizá-la. Podemos nos precaver contra isso não endurecendo o coração contra Cristo. Pilatos: viu que não podia libertar Jesus e ao mesmo tempo conservar sua posição e honra. O que podemos aprender com seu erro é que todos os que transigem com o pecado conseguirão só tristeza e ruína. Herodes: rejeitou a verdade que lhe tinha sido anunciada por João Batista, endureceu o coração e se tornou tão insensível que rejeitou a Cristo. O que podemos aprender é que é perigoso resistir à verdade, pois isso leva à insensibilidade espiritual. Os dois ladrões: o fato de que os dois ladrões tiveram a mesma oportunidade de salvação, mas apresentaram reações diferentes, mostra que temos o livre-arbítrio para escolher o lado em que queremos ficar no grande conflito. 4. A ressurreição era fundamental para a pregação apostólica e o é igualmente para nós hoje porque não é possível haver um Salvador morto; se Cristo tivesse permanecido sob o poder da morte, como poderia nos livrar desse poder? 5. Jesus enfatiza que tudo o que aconteceu com Ele havia sido predito pelas Escrituras e, portanto, que o plano da salvação está fundamentado na Bíblia. Isso é importante para nós porque, sem a Bíblia, não saberíamos nada sobre o evangelho nem sobre nossa missão de levá-lo ao mundo.

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