segunda-feira, 29 de junho de 2015

A natureza missionária de Deus – lição 1 | 27 a 04 de julho

                 Resumo da lição em Vídeo

 

VERSO PARA MEMORIZAR:

“Vejam, Eu O fiz uma testemunha aos povos, um líder e governante dos povos” (Is 55:4, NVI).
Leituras da Semana:Gn 1:26-28; 2:15-17; 1Jo 2:16; Jo 3:14, 15; 2Co 5:21;
Mt 5:13, 14
Nosso mundo está uma confusão e, como seres humanos, somos o grande motivo para essa confusão. Isso ocorre porque somos pecadores, criaturas caídas cuja natureza, em sua essência, é má. Por mais que gostemos de pensar que estamos avançando e melhorando, a história do século passado não é nada animadora. Ainda não chegamos ao fim do primeiro quarto deste século, e as coisas também não parecem muito favoráveis neste momento. Se o passado é o precursor do futuro, tudo o que podemos esperar, para citar as palavras de Winston Churchill, antigo político britânico, é “sangue, labuta, lágrimas e suor”.
No entanto, nem tudo está perdido. Ao contrário, Jesus Cristo morreu pelos nossos pecados e, por meio de Sua morte, temos a promessa de salvação, restauração e renovação de todas as coisas. “Vi novo céu e nova Terra, pois o primeiro
céu e a primeira Terra passaram, e o mar já não existe” (Ap 21:1). Não fomos deixados sozinhos, abandonados na expansão infinita de um Universo frio e aparentemente indiferente, para nos arranjarmos como pudéssemos.
Jamais conseguiríamos fazer isso; as forças arregimentadas contra nós são muito superiores. É por isso que, antes do início do mundo, Deus formulou o plano da salvação, a fim de fazer por nós o que jamais poderíamos fazer por nós mesmos.

Domingo – Deus criou o homem e a mulher

Uma das perguntas recorrentes que têm sido feitas pelos seres humanos é: “De onde vim?” Nos dois primeiros capítulos da Bíblia (e, na verdade, ao longo de toda ela) nos é dada a resposta para essa pergunta que muitos consideram a mais
importante que alguém possa fazer. Afinal de contas, somente sabendo de onde viemos é que podemos começar a saber quem somos, por que existimos, como devemos viver, e, no fim, para onde vamos.
1. Leia Gênesis 1 e 2, mas especialmente Gênesis 1:26-28. Que grandes diferenças aparecem na criação da humanidade, em contraste com o restante da criação? O que destaca os seres humanos das outras criaturas?
1. O homem e a mulher foram criados por último. Tinham diante deles toda a criação visível para estudar e cuidar.
2. O modo divino de criar o homem e a mulher foi diferente daquele pelo qual vieram à existência as outras criaturas. Até esse ponto, a ordem divina tinha sido: “Haja” (luz, firmamento, água, peixes, aves, animais, etc.). Então a ordem se transformou numa decisão conjunta: “Façamos o homem […]” As três pessoas da Divindade – Pai, Filho e Espírito Santo – conversaram sobre o assunto para tomar uma decisão. Embora esses dois capítulos tratem da criação da Terra e das criaturas que ela contém, não há dúvida de que o principal enfoque estava na criação da humanidade.
3. O homem e a mulher foram criados à imagem e semelhança de Deus, algo que não é dito a respeito de nada mais do que foi criado naquela ocasião. Embora o texto não diga o que significa ser criado à imagem e semelhança de Deus, isso deve significar que os seres humanos, de alguma forma, refletem o caráter de seu Criador. Uma vez que temos uma capacidade moral que não é vista em outras criaturas, ser feito à imagem e semelhança de Deus certamente significa que os seres humanos refletem, até certo ponto, o caráter moral de Deus. As borboletas, por exemplo, podem ser belas, mas não se preocupam com questões relativas ao que é certo ou errado.
4. O homem e a mulher deveriam ter domínio, representar Deus na Terra e governar sobre o restante da criação. Esse chamado necessariamente acarreta responsabilidade.
Os seres humanos são apresentados no primeiro capítulo da Bíblia, mas não isoladamente. Existimos,
mas dentro de um relacionamento com Deus. Que importância Deus deve ter em nossa vida? Podemos ser realmente “completos” sem Ele? Leia também Atos 17:28.

Segunda-feira – Livre-arbítrio

No relato da criação está incrustada a advertência dada por Deus sobre a ordem de não comer da “árvore do conhecimento do bem e do mal” (Gn 2:9). Portanto, desde o princípio podemos ver o elemento moral concedido à humanidade, algo que não é visto em nenhuma das outras criaturas vivas. Como dissemos ontem, a capacidade de discernimento moral é uma das formas pelas quais os seres humanos revelam a imagem e semelhança de Deus.
2. O que Gênesis 2:15-17 diz sobre a realidade do livre-arbítrio nos seres humanos?
Deus poderia ter criado os seres humanos de forma que cumprissem automaticamente Sua vontade. Essa é a maneira pela qual foram criadas as outras coisas, como a luz, o Sol, a Lua e as estrelas. Elas obedecem a Deus sem nenhum elemento de escolha; cumprem a vontade de Deus automaticamente, por meio de leis naturais que guiam suas ações.
Mas a criação do homem e da mulher foi especial. Deus os criou para Si. Desejava que eles fizessem suas próprias escolhas e que escolhessem adorá-Lo voluntariamente, em vez de serem forçados a fazê-lo. Do contrário não poderiam amá-Lo, porque o amor, para ser verdadeiro, precisa ser dado livremente.
Por ser de origem divina, o livre-arbítrio é protegido e respeitado por Deus. O Criador não interfere nas escolhas mais profundas e persistentes dos homens e mulheres. As escolhas erradas também têm consequências e, às vezes terríveis, mas é contra o caráter de nosso soberano Senhor forçar a submissão ou a obediência. O princípio do livre-arbítrio humano tem três importantes implicações: Para a religião: O Deus onipotente não dirige a vontade e as escolhas individuais de maneira unilateral. Para a ética: Os indivíduos serão considerados moralmente responsáveis por seus atos.
Para a ciência: Os atos do corpo e do cérebro não são inteiramente determinados pela lei da causa e do efeito. As leis físicas estão envolvidas em nossos atos, mas o livre-arbítrio significa que temos escolha com respeito a eles, especialmente quanto aos atos morais.
Quais escolhas morais livres você terá que fazer nas próximas horas, dias e semanas? Como você pode ter certeza de que está usando corretamente o sagrado dom do livre-arbítrio? Pense nas consequências do uso errado desse dom.

Terça – A queda

“Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também. Os olhos dos
dois se abriram, e perceberam que estavam nus; então juntaram folhas de figueira
para cobrir-se” (Gn 3:6, 7, NVI).
Comer um pequeno fruto não era um ato pecaminoso. Contudo, temos que considerar as circunstâncias em que esse ato ocorreu. Adão e Eva eram criaturas com livre-arbítrio, feitas por Deus à Sua imagem. Isso incluía a liberdade – mas
também o dever – de obedecer à vontade expressa de Deus. Eles comeram do fruto, não por rigorosa necessidade, mas por escolha. Foi um ato de livre-arbítrio por parte de Adão e Eva, em desafio às instruções claras e específicas de Deus.
Semelhantemente, podemos escolher por nós mesmos se seguiremos ou não a Deus, e se nos submeteremos ou não à Sua Palavra. Deus não força ninguém a crer em Sua Palavra. Nunca nos forçará a Lhe obedecer, e não pode forçar-nos a amá-Lo. Ele permite que cada um de nós escolha por si mesmo que caminho seguirá. Mas, no fim, precisamos estar preparados para arcar com as consequências de nossas escolhas.
Ao comer do fruto, Adão e Eva, em realidade, disseram a Deus que Ele não era o governante perfeito. Sua soberania foi desafiada. Eles se demonstraram desobedientes e, como resultado, trouxeram o pecado e a morte para a humanidade. “Por isso o Senhor Deus o mandou embora do jardim do Éden para cultivar o solo do qual fora tirado. Depois de expulsar o homem, colocou a leste do jardim do Éden querubins e uma espada flamejante que se movia, guardando o caminho
para a árvore da vida” (Gn 3:23, 24, NVI).
Adão e Eva tiveram que deixar o paraíso. Foi uma consequência necessária, mas misericordiosa. O Senhor não permitiria a seres humanos rebeldes o acesso à árvore da vida. Com amoroso cuidado, Ele conservou Adão e Eva afastados do fruto que os tornaria imortais e, assim, perpetuaria a terrível condição à qual o pecado os trouxera. (Imagine como seria a vida eterna neste mundo tão cheio de dor, sofrimento e maldade!) Adão e Eva foram expulsos do jardim para cultivar o
solo menos fértil do lado de fora (v. 23, 24).
No contexto da lição de hoje, leia 1 João 2:16. Como foram vistos na queda os elementos contra
os quais essa passagem adverte? De que formas, também, temos que lidar com essas mesmas tentações em nossa vida?

Quarta – A iniciativa de Deus para nos salvar

A Bíblia mostra que, depois da queda de nossos primeiros pais, Deus foi procurá- los, e não eles a Deus. Ao contrário, o homem e a mulher tentaram se esconder da presença do Senhor. Essa é uma poderosa metáfora que retrata a condição de grande parte da humanidade caída: fogem dAquele que vai procurá-los, do Único que poderia salvá-los! Adão e Eva fizeram isso no Éden e, a menos que as pessoas se rendam à atração do Espírito Santo, farão a mesma coisa hoje em dia.
Felizmente, Deus não rejeitou nossos primeiros pais, e também não nos rejeita. Desde o tempo em que Deus perguntou a Adão e Eva no jardim pela primeira vez: “Onde estás?” (Gn 3:9) até hoje, Ele ainda continua a nos chamar. De fato, Ele
é o primeiro missionário.
“No dom incomparável de Seu Filho, Deus envolveu o mundo todo numa atmosfera de graça, tão real como o ar que circula ao redor do globo. Todos os que escolherem respirar essa atmosfera vivificante hão de viver e crescer até à estatura
completa de homens e mulheres em Cristo Jesus” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 68).
Logicamente a maior revelação da atividade missionária de Deus pode ser vista na encarnação e no ministério de Jesus. Embora Jesus tenha vindo à Terra para fazer muitas coisas – destruir Satanás, revelar o verdadeiro caráter do Pai, provar que as acusações do inimigo estavam erradas, mostrar que a lei de Deus pode ser guardada – a razão principal foi morrer na cruz em lugar dos seres humanos para nos salvar do resultado final do pecado, a morte eterna.
3. O que cada um dos seguintes textos nos ensina sobre a morte de Jesus? Jo 3:14, 15:
Is 53:4-6:
2Co 5:21:
“Deus tornou pecado por nós Aquele que não tinha pecado” (NVI). Isso foi necessário “para que nEle nos tornássemos justiça de Deus” (NVI). Essa ideia tem sido chamada de “a grande troca”: O ato de Jesus assumir nossos pecados e sofrer
como pecador para que nós, embora pecadores, sejamos considerados tão justos diante de Deus como o próprio Jesus.

Quinta – Metáforas da missão

Missão é a iniciativa divina para salvar a humanidade perdida. A missão salvadora de Deus é motivada por Seu amor para com cada um de nós. Não há razão que possa ser mais profunda. Deus enviou Cristo com a missão de trazer salvação para o mundo todo. Somente o evangelho de João contém mais de 40 declarações sobre a dimensão cósmica da missão de Jesus (ver, por exemplo, João 3:17; 12:47). Assim como Cristo foi enviado pelo Pai para salvar o mundo, Ele, por Sua vez, nos envia como discípulos Seus, com as palavras: “Assim como o Pai Me enviou, Eu também vos envio” (Jo 20:21).
4. Leia Mateus 5:13, 14. Quais são as duas metáforas usadas para a missão nesses versos, e o que elas representam?
As metáforas do sal e da luz expressam funções básicas da influência cristã sobre a humanidade. Enquanto o sal atua internamente, unindo-se à massa com a qual entra em contato, a luz atua externamente, iluminando tudo o que alcança.
O termo “Terra”, na metáfora do sal, se refere a homens e mulheres com quem o cristão deve se misturar, enquanto a palavra “mundo”, na metáfora da luz, se refere ao mundo de pessoas em trevas e que precisam de iluminação.
Os filhos de Israel foram encorajados a viver à altura dos princípios morais e das regras de saúde que Deus lhes havia concedido. Deveriam ser uma luz, iluminando e atraindo. Deveriam ser “como luz para os gentios” (Is 49:6). Sua existência coletiva, num estado de saúde, prosperidade e lealdade ao sábado de Deus e a outros mandamentos proclamaria às nações vizinhas os poderosos atos divinos de criação e redenção. As nações, observando a prosperidade deles, se chegariam a eles e aprenderiam a ser ensinadas pelo Senhor.
Quando Cristo veio, Ele também falou sobre o sal, outra maneira de testemunhar. Por sua influência, os cristãos devem reprimir a corrupção existente no mundo. Os descrentes muitas vezes se abstêm de atos maus por causa de uma conscientização moral proveniente da influência cristã. Os cristãos não só exercem uma influência boa sobre o mundo corrompido em virtude de sua presença nele, mas também se misturam com as pessoas para compartilhar a mensagem
cristã de salvação.
Como luz e sal, você e sua igreja são boas testemunhas para as pessoas que os cercam? Será que a luz está se apagando, e o sal está perdendo o sabor? Sabendo que o reavivamento e a reforma devem começar com você, deseja permitir que Deus atue em seu coração?

Sexta – Estudo adicional

Tratamos de alguns aspectos da natureza missionária de Deus. A missão é um empreendimento do Deus triúno. A missão está predominantemente relacionada a Jesus Cristo, cuja encarnação é fundamental para a fé e a missão cristãs.
Por Sua vida e morte, Jesus tornou possível a salvação de toda a humanidade. Nós, como Seus seguidores, Seus missionários, temos que fazer com que as pessoas conheçam as boas-novas precisamente a respeito do que Jesus fez por elas. “A igreja de Cristo na Terra foi organizada com propósito missionário, e o Senhor deseja ver toda a igreja planejando formas e meios pelos quais o exaltado e o humilde, o rico e o pobre, possam ouvir a mensagem da verdade. Nem todos são chamados a trabalhar pessoalmente nos campos missionários, mas todos podem fazer alguma coisa por meio de suas orações e ofertas para ajudar na obra missionária” (Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, v. 6, p. 29).

Perguntas para reflexão

1. Como uma adequada compreensão de nossa origem nos ajuda a entender melhor quem somos e qual é, na realidade, o propósito de nossa existência?
2. Como a citação seguinte nos ajuda a compreender a existência do livre-arbítrio, do amor e do mal em nosso mundo? “Assim, se Deus deseja criar seres que amem (que reproduzam Seu perfeito amor), tem que criar seres livres, que tenham a possibilidade de causar sofrimento e mal no mundo por suas escolhas. A dinâmica do amor e da liberdade exige que Deus nos dê a autonomia necessária para crescermos em amor através de nossa liberdade humana. Além de permitir que seres
livres escolham atos que não reflitam o amor, outra alternativa que Deus tem é abster-Se completamente de criar seres que amem” (Robert J. Spitzer, New Proofs for the Existence of God: Contributions of Contemporary Physics and Philosophy
[Novas provas da existência de Deus: contribuições da física e da filosofia contemporâneas], edição para tablets Kindle [Eerdmans Publishing Co., 2010], p. 233).
3. A morte de Jesus foi o ato que ocorreu numa nação pequena do vasto Império Romano quase dois mil anos atrás. Contudo, esse ato tem importância eterna para todo ser humano. Nós, que conhecemos esse ato e seu significado, temos responsabilidade de anunciá-lo aos que não o conhecem?
Respostas sugestivas:1. Os seres humanos foram criados por último e, de maneira diferente do restante da criação, foram criados à imagem e semelhança de Deus, e deveriam ter domínio sobre o restante dos seres criados. 2. Deus disse a Adão que ele não deveria comer da árvore proibida, e que no dia em que dela comesse, morreria; o que implica que ele era livre para comer dela no momento que desejasse, embora tivesse que arcar com as consequências de seu ato. 3. a) A morte de Jesus tornou possível que todo o que nEle crer tenha a vida eterna; b) Ele morreu pelas nossas transgressões e sofreu o castigo que nós merecíamos; c) Ele Se tornou pecado por nós, a fim de que pudéssemos ser considerados justos nEle. 4. As metáforas são: a) o sal da Terra, o que significa que os cristãos devem se misturar com outras pessoas do mundo para levar-lhes a mensagem de salvação e para evitar que elas se corrompam; b) a luz do mundo, que representa os cristãos como instrumento para iluminar as trevas morais e espirituais em que os seres humanos vivem.

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