sábado, 13 de junho de 2015

Jesus em Jerusalém – lição 12 | 13 a 20 de junho

                Resumo da lição em Vídeo

                        

 

VERSO PARA MEMORIZAR:

“Quando [Jesus] ia chegando, vendo a cidade, chorou” (Lc 19:41).
Leituras da Semana:Lc 19:28-40; Zc 9:9; Lc 19:45-48; Mt 21:12-17; Lc 20:9-26
A última semana da vida terrestre de Jesus se desenrolou em Jerusalém. E que acontecimentos dramáticos marcaram essa semana! A entrada triunfal; o choro de Jesus pela cidade indiferente; a purificação do templo; as conspirações e tramas contra Ele; a tristeza da última Ceia e a agonia do Getsêmani; a farsa do julgamento; a crucifixão; e, finalmente, a ressurreição. Nunca, nem antes nem depois disso, uma cidade testemunhou uma cadeia de acontecimentos históricos tão decisiva: a sequência de eventos que levou ao clímax o conflito cósmico entre o bem e o mal, muito embora ninguém, exceto Jesus, estivesse compreendendo o significado do que estava acontecendo.
Jesus havia passado por Jerusalém várias vezes em Sua vida. Mateus, Marcos, Lucas e João, todos registraram que Jesus visitou Jerusalém quando adulto, embora a maior parte desses registros se refira à semana da Paixão. Ainda que outras idas de Jesus a Jerusalém sejam bem conhecidas – o bebê Jesus sendo levando ao templo (Lc 2:22-28), Seu debate no templo aos 12 anos (v. 41-50), a ocasião em que o tentador levou Jesus ao pináculo do templo (Lc 4:9-13) – é a semana final do Seu ministério em Jerusalém que ocupa a atenção especial dos escritores dos evangelhos.

Domingo – A entrada triunfal

Ele nasceu em Belém; cresceu em Nazaré; ensinou, pregou e curou por toda a Galileia, Samaria, Judeia e Pereia. Mas uma cidade era Seu constante foco: Jerusalém. Jesus manifestou “a intrépida resolução de ir” para lá (Lc 9:51). Sua entrada
na cidade marcou a semana mais dramática e crucial da história mundial. A semana começou com a entrada régia de Jesus na cidade e testemunhou Sua morte na cruz, pela qual nós, que éramos inimigos, “fomos reconciliados com Deus mediante
a morte do Seu Filho” (Rm 5:10).
1. Leia Lucas 19:28-40. Imagine a euforia dos discípulos! Eles certamente devem ter pensado que nessa ocasião o rei Jesus ascenderia ao trono em Jerusalém, o trono de Davi. Que importante lição sobre falsas expectativas podemos
aprender com esse relato?
Quando Jesus nasceu, sábios do Oriente foram bater às portas de Jerusalém, fazendo a comovedora pergunta: “Onde está o recém-nascido Rei dos judeus?” (Mt 2:2). E agora, alguns dias antes da cruz, enquanto os discípulos e as multidões
se aglomeravam na cidade, retumbou uma aclamação no céu de Jerusalém: “Bendito é o Rei que vem em nome do Senhor!” (Lc 19:38).
Essa cena impressionante cumpriu uma profecia. “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e Salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta” (Zc 9:9). Contudo, Jesus sabia que essa progressão da história, que teve início com os gritos de hosana, logo terminaria no Gólgota, onde Ele proferiria aquelas triunfantes palavras: “Está consumado!”.
Embora tudo estivesse de acordo com o eterno plano de Deus, os discípulos estavam tão presos às tradições, ensinos e expectativas de sua própria época e cultura que deixaram totalmente de entender as advertências anteriores de Jesus
sobre o que ocorreria e o que tudo aquilo significava.
Cristo falou com eles, mas não prestaram atenção. Ou talvez tenham prestado atenção, mas o que Ele disse era tão contrário ao que eles esperavam, que sua mente bloqueou aquela informação. Como podemos nos certificar de que não estamos fazendo a mesma coisa no que diz respeito à verdade bíblica?

Segunda-feira – Jerusalém: a purificação do templo

“Está escrito: A Minha casa será casa de oração. Mas vós a transformastes em covil de salteadores” (Lc 19:46).
Após a entrada triunfal, durante a qual Jesus chorou sobre Jerusalém, a primeira coisa que Ele fez foi ir até o templo.
2. Leia Lucas 19:45-48; Mateus 21:12-17; Marcos 11:15-19. Que importantes lições podemos tirar do que Jesus fez? O que esses relatos dizem a nós, tanto individualmente quanto como membros de uma comunidade que, de certa forma, funciona como o templo (ver Ef 2:21)?
Os quatro evangelhos mencionam a purificação do templo. Ao passo que João fala da primeira purificação (Jo 2:13-25) como tendo ocorrido durante a visita de Jesus ao templo na Páscoa de 28 d.C., os outros narraram a segunda purificação, ocorrida no final do ministério de Jesus, dessa vez na Páscoa de 31 d.C. Assim, as duas purificações do templo constituíram um parêntese no ministério de Jesus, mostrando o quanto Ele Se importava com a santidade do templo e seus serviços, e como Ele afirmou estrategicamente Sua missão e autoridade messiânicas.
Seus atos no templo, especialmente na segunda purificação, que ocorreu exatamente antes de Sua morte, trazem uma questão interessante. Sabendo que logo morreria, sabendo que o templo e seus serviços logo se tornariam nulos e inúteis no contexto da salvação, mesmo assim Jesus expulsou aqueles que o estavam profanando com suas mercadorias. Por que Jesus simplesmente não deixou o templo como estava, em sua corrupção, especialmente uma vez que ele não só se tornaria desnecessário mas, dentro de uma geração, seria destruído?
Embora não nos seja dada uma resposta, muito provavelmente tenha sido porque o templo era a casa de Deus, e ainda era o lugar em que o plano da salvação era revelado. Em certo sentido se poderia argumentar que, diante da iminência da morte de Cristo, o templo e seus serviços tinham uma função importante, pois esses elementos podiam ajudar os judeus fiéis a compreender exatamente quem Jesus era e o que realmente significava Sua morte na cruz. Isto é, o templo, que ilustrava todo o plano da salvação, podia ajudar muitos a ver em Jesus o “Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13:8).

Terça – Os infiéis

A parábola dos lavradores infiéis (Lc 20:9-19) nos transmite uma lição relativa à história da redenção. O centro dessa história é Deus e Seu contínuo amor pelos pecadores errantes. Embora a parábola tenha sido dirigida especificamente
aos líderes judeus do tempo de Cristo, (pois eles “perceberam que, em referência a eles, dissera esta parábola” [v. 19]), ela é atemporal em seu alcance. Aplica-se a todas as gerações, a todas as congregações e a todas as pessoas a quem Deus concedeu Seu amor e confiança, e de quem Ele espera um retorno fiel. Somos os arrendatários de hoje em dia, e podemos extrair dessa parábola algumas lições sobre a história assim como Deus a vê.
3. Leia Lucas 20:9-19. Como o princípio ensinado nesse texto se aplica a nós, se cometermos os mesmos erros das pessoas da parábola?
Em vez de darem a Deus os frutos do amor e da fidelidade, os arrendatários da vinha de Deus O abandonaram e falharam para com Ele. Mas Deus, o proprietário da vinha, enviou servo após servo (v. 10-12), profeta após profeta (Jr 35:15), num amor persistente que procurava convidar e persuadir Seu povo a cumprir a responsabilidade que tinham como administradores da vinha. Cada um dos profetas, porém, foi vítima de rejeição. “Qual dos profetas vossos pais não perseguiram?” (At 7:52).
A história divina é uma longa narrativa de amor. A tragédia levantará sua cabeça vez após vez, mas a glória finalmente triunfará. A ressurreição virá após a cruz. A pedra que foi rejeitada é agora a pedra angular de um grande templo que abrigará a comunidade de Deus, onde todos os redimidos, os ricos e os pobres, os judeus e os gentios, os homens e as mulheres viverão como um só povo. Eles andarão na vinha escatológica e se deleitarão com seus frutos para sempre.
Talvez não tenhamos, hoje em dia, profetas vivos para perseguir, mas somos tão capazes de rejeitar os mensageiros de Deus como as pessoas do passado. Como podemos nos certificar de que nós, que fomos chamados a dar ao Senhor “do fruto da vinha”, não rejeitamos esses mensageiros e suas mensagens?

Quarta – Deus versus César

4. Leia Lucas 20:20-26. Como recebemos o que Jesus ensinou nesse texto e o aplicamos à nossa própria situação, onde quer que vivamos?
Durante a época de Jesus, a taxação de Roma era uma questão explosiva. Em torno de 6 d.C., segundo Josefo, Judas Galileu, um líder revolucionário, declarou que pagar impostos a César era uma traição contra Deus. A questão, juntamente com várias pretensões messiânicas e vários indivíduos que se declaravam o Messias, causou revoltas periódicas contra os romanos. Nesse contexto delicado, a pergunta colocada diante de Jesus quanto a ser lícito pagar impostos revelava o motivo oculto dos indagadores: responder “sim”, teria colocado Jesus do lado de Roma, mostrando que Ele não podia ser o rei dos judeus conforme as multidões haviam declarado por ocasião de Sua entrada em Jerusalém; dizer “não”, significaria que Jesus estava seguindo o espírito que reinava na Galileia e declarando que o governo de Roma era ilegal, o que O exporia à acusação de traição. Eles esperavam colocar Jesus num apuro do qual Ele não conseguiria escapar.
Jesus, porém, discerniu seus motivos. Ele apontou para a imagem de César numa moeda e pronunciou Seu veredito: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Lc 20:25). Viver sob o domínio de César, cuja moeda era usada para as necessidades cotidianas, implicava numa obrigação para com César. Mas há outra obrigação, maior, que deriva do fato de sermos feitos à imagem de Deus e de devermos a Ele lealdade suprema.
“A resposta de Cristo não foi uma evasiva, mas uma réplica sincera. Segurando a moeda romana sobre a qual se achavam inscritos o nome e a imagem de César, declarou que, uma vez que estavam vivendo sob a proteção do poder romano, deviam
prestar àquele poder o apoio que lhes exigia, enquanto isso não estivesse em oposição a um mais elevado dever. Mas, conquanto pacificamente sujeitos às leis da Terra, deviam em todos os tempos manter primeiramente lealdade para com
Deus” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 602).
De quais maneiras podemos continuar a ser bons cidadãos, mas ao mesmo tempo saber que nossa verdadeira cidadania existe numa cidade “da qual Deus é o arquiteto e edificador” (Hb 11:10)?

Quinta – A Ceia do Senhor

5. Leia Lucas 22:13-20. Qual é o significado do fato de que a Ceia do Senhor tenha ocorrido na Páscoa?
Jesus instituiu a Ceia do Senhor dentro do contexto histórico da festa da Páscoa. O contexto da Páscoa enfatiza a impotência humana em contraste com o grande poder de Deus. Era tão impossível para Israel libertar a si mesmo do cativeiro egípcio quanto é para nós libertarmo-nos das consequências do pecado. A libertação veio de Deus como um presente de Seu amor e graça, e essa era a lição que Israel devia ensinar a seus filhos de geração em geração (Êx 12:26, 27). Assim como a libertação de Israel estava arraigada na História pelo ato redentor de Deus, a libertação do pecado efetuada em favor da humanidade está fundamentada no evento histórico da cruz. Na verdade, Jesus é nosso “Cordeiro pascal” (ver 1Co 5:7), e Sua Santa Ceia é “um ato de proclamação, mediante o qual a comunidade da fé dá expressão ao glorioso e decisivo significado da morte de Cristo” (G. C. Berkouwer, The Sacraments. Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans, 1969; p. 193).
A Ceia do Senhor é um lembrete de que “o Senhor Jesus, na noite em que foi traído” (1Co 11:3), na noite anterior ao dia da Sua crucifixão, deu uma solene mensagem a Seus discípulos da qual eles precisavam se lembrar: o pão e o vinho são símbolos de Seu corpo, que estava prestes a ser partido, e de Seu sangue, que estava prestes a ser derramado para a remissão de pecados (ver Mt 26:28).
A morte de Jesus era o único meio divino para a redenção do pecado. Para que não nos esqueçamos de que a morte de Jesus é a provisão do Céu para nossa salvação, Ele estabeleceu a Ceia do Senhor e ordenou que ela fosse observada até Sua volta (1Co 11:24-26).
A declaração de Jesus de que Seu sangue seria “derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mt 26:28) deve ser lembrada até o fim da História. Ignorar essa declaração e escolher qualquer outro meio de salvação é negar Deus e o método de salvação por Ele escolhido. Entre muitas, destacam-se duas lições fundamentais. O fato de que Cristo morreu por nós é a primeira lição a ser lembrada quando estamos à mesa do Senhor. A segunda lição é que nos assentamos à mesa como um corpo de fiéis por causa dessa morte, que nos colocou a todos em comunhão uns com os outros. Quando nos assentamos à mesa, assentamo-nos como a comunidade redimida por Cristo, comunidade que vive no fim dos tempos e aguarda a vinda do Senhor. Até então, a mesa do Senhor será uma lembrança de que a História tem significado, e de que a vida tem esperança.
Cristo deu Seu corpo e Seu sangue para dar a você a promessa da vida eterna. Como você pode personalizar essa verdade de forma que ela constantemente lhe dê esperança e confiança?

Sexta – Estudo adicional

“Comer a carne e beber o sangue de Cristo é recebê-Lo como Salvador pessoal, crendo que Ele perdoa nossos pecados, e nEle estamos completos. É contemplando Seu amor, detendo-nos sobre ele, sorvendo-o, que nos havemos de tornar participantes de Sua natureza. O que a comida é para o corpo, deve ser Cristo para a alma. O alimento não nos aproveita se o não ingerimos; a menos que se torne parte de nosso corpo. De idêntica maneira Cristo Se torna sem valor para nós, se O não conhecemos como Salvador pessoal. Um conhecimento teórico não nos fará bem nenhum. Precisamos alimentar-nos dEle, recebê-Lo no coração, de modo que Sua vida se torne nossa vida. Seu amor, Sua graça, devem ser assimilados” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 389).

Perguntas para reflexão

1. Considere as cenas em que Jesus purificou o templo. De quais maneiras podemos colocar à venda nossa fé e nossa fidelidade? De que forma a religião pode ser usada para obter lucro, prestígio e posição?
2. O escritor ateu Alex Rosenberg acredita que toda a realidade é puramente materialista. Isto é, tudo pode e deve ser explicado somente através de processos físicos que não envolvem desígnio, nem objetivos, nem propósitos, nem Deus.
Se, porém, a falta de sentido e de propósito do Universo deixar você deprimido, Rosenberg adverte contra a atitude de levar sua “depressão a sério”. Por quê? Porque nossas emoções, inclusive a depressão, são apenas arranjos específicos de neurônios e substâncias químicas, que podem ser reorganizadas com medicamentos inibidores da recaptação da serotonina, como Prozac, Wellbutrin, Paxil, Zoloft, Citalopran ou Luvox. Se um remédio não funcionar devemos mudar para outro. O sacrifício de Cristo na cruz não é um remédio mais eficaz para nosso coração? O simbolismo da Santa Ceia não traz sentido à nossa vida?
Respostas sugestivas:1. Falsas expectativas levam a dolorosas decepções. Devido a suas falsas expectativas, os discípulos
não entenderam o que ocorreu na cruz. Temos que nos apegar à Palavra de Deus, e não deixar que falsas noções moldem
nossa mente. 2. As lições que podemos tirar são que Jesus Se importa com a santidade da Casa de Deus e que aqueles
que a profanam incorrem no desagrado dEle. Além disso, esses relatos nos dizem que, tanto individualmente quanto como igreja, somos o templo de Deus, e precisamos ser santos, permitindo que Sua presença nos purifique da contaminação
do pecado. 3. Os judeus rejeitaram as mensagens de Deus por meio de Seus profetas, e isso os levou à perdição. Também Cristo, a pedra angular, em vez de ser a salvação para a nação judaica, representou sua perdição, porque eles O rejeitaram. Assim, quando as pessoas se colocam em oposição a Deus, tudo que teria sido para sua salvação se transforma em algo para sua destruição. O princípio é tão válido para eles quanto para nós. 4. Devemos estar sujeitos às leis da Terra, mas nossa primeira lealdade é para com Deus. 5. Assim como a Páscoa comemorava a libertação do Egito, a Ceia do Senhor comemora a libertação do pecado, ambas efetuadas pelo poder de Deus. E assim como a Páscoa apontava para o sacrifício de Cristo no futuro, a Ceia do Senhor aponta para o sacrifício de Cristo no passado.

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