segunda-feira, 1 de junho de 2015

Seguindo Jesus na vida diária – lição 10 | 30 a 6 de junho

 RESUMO DA LIÇÃO EM VÍDEO



VERSO PARA MEMORIZAR:

“Então, disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé” (Lc 17:5).
Leituras da Semana:Lc 11:37-54; 12:4-21, 35-53; Am 6:1; Lc 8:4-15; 22:24-27
Embora fosse um grande mestre, Jesus não estabeleceu uma escola de teologia ou de filosofia. Seu propósito era “buscar e salvar o perdido” (Lc 19:10). Ele veio para revelar o caráter de Deus, uma revelação que culminou na cruz, onde Ele não
apenas mostrou à humanidade e aos mundos não caídos como Deus realmente é, mas também pagou a penalidade do pecado para que os seres humanos pudessem ser redimidos, apesar de sua natureza caída.
Ao fazer isso, Ele criou também uma comunidade redimida, uma comunidade daqueles que, tendo sido salvos por Sua morte, escolheram viver de acordo com Sua vida e Seus ensinos.
O chamado para fazer parte dessa comunidade redimida não diz respeito a uma condição oferecida na vida, mas a uma lealdade absoluta Àquele que chama, isto é, ao próprio Cristo. O que Ele diz se torna uma lei de vida para o discípulo. O que Ele deseja se torna o único propósito da vida do discípulo. Nenhuma medida de bondade exterior ou de perfeição doutrinária pode tomar o lugar da total lealdade a Cristo e à Sua vontade.
O discipulado, que devemos exclusivamente à presença de Cristo no coração, faz certas exigências imperativas. Não é permitida nenhuma competição e nenhum substituto.

DOMINGO – FUGIR DO FARISAÍSMO

Das mais de 80 referências aos fariseus nos evangelhos, aproximadamente 25% delas se encontram em Lucas. Os fariseus eram notórios por seu conservadorismo doutrinário, ao contrário dos saduceus, que eram conhecidos por suas ideias liberais. Os fariseus eram, frequentemente, legalistas que, enquanto professavam crer na graça, ensinavam a salvação pela guarda da lei.
1. Leia Lucas 11:37-54. Jesus estava fazendo uma advertência sobre o quê? Como esse mesmo princípio se manifesta hoje? Como podemos estar seguros de que, em nosso próprio comportamento, não refletimos algumas das coisas contra as quais Jesus advertiu?
Uma recapitulação dos ais (Lc 11:42-54) pronunciados sobre os fariseus e os escribas mostra o quanto o chamado à verdadeira religião se estende a todas as gerações, inclusive a nossa.
Por exemplo, ao passo que o dízimo é um alegre reconhecimento da provisão de Deus, nunca pode ser um substituto para as demandas básicas do amor e da justiça nas relações humanas (v. 42).
Esses mesmos que desprezam “a justiça e o amor de Deus”, gostam “da primeira cadeira nas sinagogas” (v. 42, 43). Isso sim é deixar de entender o que é a verdadeira fé!
Jesus advertiu, também, que aqueles que acham que a verdadeira religião consiste apenas em rituais exteriores são tão impuros quanto aqueles que têm contato com um morto (Lc 11:44; ver também Nm 19:16). Quão fácil é confundir o trivial
com o sagrado aos olhos de Deus!
Jesus pronunciou também um ai sobre os peritos na lei que usavam sua educação e experiência para colocar fardos religiosos intoleráveis sobre outros, enquanto eles mesmos “nem com um dedo” tocavam esses fardos (Lc 11:46). Enquanto isso, os fariseus honravam os profetas que não mais estavam vivos, ao passo que trabalhavam contra os que estavam vivos. Mesmo enquanto Jesus falava, alguns estavam tramando matar o Filho de Deus. O importante não é honrar os profetas, mas dar ouvidos à sua mensagem profética de amor, misericórdia e juízo.
O último ai é terrível! Alguns a quem havia sido confiada a chave do reino de Deus haviam fracassado em cuidar desse legado. Em vez de usar a chave sabiamente e deixar o povo de Deus entrar no reino, eles o haviam trancado do lado de fora e jogado fora a chave.

SEGUNDA-FEIRA – TEMER A DEUS

“Temei a Deus e dai-Lhe glória” (Ap 14:7) é a primeira das três mensagens angélicas que estão no centro da vida e da fé dos adventistas. Temer a Deus não é ter medo, como frequentemente se pensa. É compreender precisamente quem Deus é e quais são Seus reclamos sobre nós. É um ato de fé que envolve lealdade total a Ele. Deus Se torna o único que pode definir e decidir nossa vida – nossos pensamentos, nossos atos, nossos relacionamentos e nosso destino. O discipulado com base nesse tipo de “temor” se encontra em terreno firme.
2. Leia Lucas 12:4-12. O que Jesus está nos dizendo sobre o temor?
A passagem nos mostra a quem temer e a quem não temer. Não precisamos temer forças que podem afetar apenas nosso corpo no mundo presente. Em vez disso, devemos temer e obedecer a Deus, porque em Suas mãos está nosso destino eterno. Mas nosso Deus – cujos olhos estão sobre o pardal (Lc 12:6) e que conta os cabelos de nossa cabeça (v. 7) – é amoroso e solícito; portanto, cada um de nós é infinitamente precioso aos Seus olhos. Se crêssemos verdadeiramente nisso, quantos temores terrenos se desvaneceriam?
3. Leia Lucas 12:13-21. Sobre o que Jesus está nos advertindo?
Ao passo que Jesus Se recusa a intervir entre dois irmãos que estão brigando pela partilha da propriedade, Ele enfatiza a relevância do décimo mandamento (Êx 20:17) contra o mal da cobiça e enfatiza uma verdade significativa para todas as épocas: a vida não consiste em coisas (Lc 12:15). O rico insensato vivia encerrado em seu pequeno mundo. Nada mais importava para ele. Quanto cuidado precisamos ter para não cair nessa mesma armadilha! Isso é especialmente crucial para aqueles que foram abençoados com abundância de bens materiais.
Embora todos gostemos de coisas materiais, pense na pouca satisfação que elas podem proporcionar,
especialmente à luz da eternidade. Por que, então, ainda é tão fácil cometer o erro sobre o qual Jesus nos advertiu em Lucas 12:16-21?

TERÇA – ESTEJA PREPARADO E ATENTO

“Em todas as épocas foram requeridas dos seguidores de Cristo vigilância e fidelidade; mas agora que nos achamos no limiar do mundo eterno, possuindo as verdades que temos, de posse de tão grande luz, de uma obra tão importante, cumpre-nos dobrar a dedicação” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 460, 461).
4. Leia Lucas 12:35-53 e resuma o que esses versos significam para você, especialmente se está esperando há muito tempo a vinda de Jesus.
Os cristãos não podem se dar ao luxo de ser negligentes nem apáticos. O contexto da garantida volta de Jesus, e do momento desconhecido em que ela ocorrerá, deve levar-nos a manter o corpo cingido com as vestes da justiça e nossa candeia acesa. A esperança escatológica deve ser a força impelente de nossa vida e de nosso trabalho, de nossa prontidão e de nossa fidelidade. É essa fidelidade em cumprir Sua vontade na Terra e a prontidão para encontrá-Lo em paz que distingue os bons servos dos maus servos.
Qualquer negligência de fidelidade sob o pretexto de que “meu senhor tarda em vir” (Lc 12:45) é equivalente a colocar-se sob o mais severo juízo de Deus (v. 45-48). Quanto maior é o privilégio, maior é a responsabilidade; portanto, àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido (v. 48).
O juízo do antigo profeta: “Ai de vocês que vivem tranquilos em Sião” (Am 6:1, NVI), parece refletir a advertência de Cristo de que o discipulado cristão não é uma situação de conforto. Paulo explica a vida cristã como uma batalha espiritual (Ef 6:12). O ponto focal é que todo cristão está envolvido no conflito cósmico entre Cristo e Satanás, e que a cruz traça uma clara linha entre os dois lados. Somente pela contínua fé no Cristo da cruz alguém pode obter a vitória final.
“Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito
mais lhe pedirão” (Lc 12:48). O que esse texto deve significar para nós, adventistas do sétimo dia?

QUARTA – SER UMA TESTEMUNHA QUE DÁ FRUTOS

O Pai, o Filho e o Espírito Santo, em Seu conselho eterno realizado “antes da fundação do mundo” (Ef 1:4), formularam o plano da salvação. Isto é, antes de o primeiro ser humano ter sido criado e, é claro, antes de os seres humanos haverem
pecado, Deus tinha um plano pronto para resgatar o mundo. O plano está centralizado na cruz, e as boas-novas da cruz devem ser contadas a todas as pessoas do mundo. A responsabilidade desse testemunho é colocada sobre cada cristão.
“Sereis Minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da Terra” (At 1:8). A última incumbência dada por Jesus enfatiza a importância que o Senhor colocou sobre o papel de Seus seguidores como testemunhas.
5. Que lições aqueles que estão envolvidos no testemunho cristão devem aprender com a parábola do semeador e do solo? Lc 8:4-15
6. Qual é a recompensa daquele que testemunha, e quando ela é recebida? Lc 18:24-30
7. O que a parábola das minas (Lc 19:11-27) ensina sobre a fidelidade e a responsabilidade na obra de testemunhar?
Em cada um desses textos são revelados os perigos, as responsabilidades e as recompensas inerentes à obra de testemunhar e à fé. Foi-nos confiada uma solene responsabilidade; mas, considerando o que nos foi dado, quão pouco, na verdade, é pedido de nós?

QUINTA – SER UM LÍDER QUE SERVE

8. Leia Lucas 22:24-27. Mesmo enquanto se preparavam para a última ceia, os discípulos estavam discutindo entre eles sobre quem seria o maior no reino. Como Jesus reagiu à insensatez deles, e o que é tão revolucionário com respeito à Sua resposta?
A resposta de Jesus é singular na história da liderança. Faraó, Nabucodonosor, Alexandre, Júlio César, Napoleão e Gengis Khan – todos eles viam a liderança em termos de poder e de autoridade sobre outros. Foi dessa maneira que o mundo
sempre lidou com o poder.
“Mas vós não sois assim; pelo contrário”, disse Jesus, “o maior entre vós seja como o menor; e aquele que dirige seja como o que serve” (Lc 22:26). Ao dizer isso, o Senhor do Universo reverteu a definição de liderança: “Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate
por muitos” (Mt 20:26-28).
Ao definir, dessa forma, a negação própria e a disposição para agir como servo como os princípios centrais de Seu modo de ação e de Sua liderança, Jesus introduziu uma nova dinâmica nas relações humanas: obtém-se a realização, não pela posição, mas pelo serviço; a transformação começa, não com o trono, mas com a cruz. Viver é morrer (Jo 12:24).
Lucas 9:46-48 mostra que surgiu algo semelhante entre os discípulos de Jesus com respeito a quem seria o maior. Os princípios do mundo ainda estavam firmemente entrincheirados na mente dos discípulos.
A resposta do Mestre vai ao âmago do problema e propõe um dos mais difíceis desafios da vida em geral e da vida cristã em particular. As palavras de Jesus, especialmente a parte sobre ser “o menor de todos” (v. 48), mostram quanto estão
invertidas as prioridades do mundo.
Sendo que os princípios do mundo são tão opostos ao que Jesus ensinou, como iremos sobreviver se pusermos Seus princípios em prática em nossa vida?

SEXTA – ESTUDO ADICIONAL

“Quem possui nosso coração? Com quem estão nossos pensamentos? Sobre quem gostamos de conversar? Quem é o objeto de nossas mais calorosas afeições e nossas melhores energias? Se somos de Cristo, nossos pensamentos com Ele estarão, e nEle se concentrarão nossas mais doces meditações. Tudo que temos e somos a Ele será consagrado. Almejaremos trazer Sua imagem, possuir Seu Espírito, cumprir Sua vontade e agradar-Lhe em todas as coisas” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 58).
“Em nossa vida aqui, embora terrestre e restrita pelo pecado, a maior alegria e mais elevada educação se encontram no serviço em favor de outrem” (Ellen G. White, Educação, p. 309).

Perguntas para reflexão

  1. Jesus chamou de louco o fazendeiro rico e bem-sucedido (Lc 12:20). Talvez a pessoa não seja rica nem bem-sucedida, mas o que a torna louca aos olhos de Deus?
  2. Em algumas igrejas, vemos dois grupos: o primeiro, das pessoas influentes que obtêm respeito, notoriedade e consideração. O segundo, dos que simplesmente vêm e vão sem que ninguém os note. O que você pode fazer para que os últimos se sintam tão importantes quanto os do primeiro grupo?
  3. Embora alegassem defender a verdade, os fariseus pervertiam a fé. Como podemos lutar pelo que é correto e bíblico, sem nos tornarmos fariseus?
  4. Como podemos nos manter preparados e vigilantes para a vinda de Jesus?
Respostas sugestivas:Contra uma religião de aparências, contra a hipocrisia (exigir dos outros o que não se pratica),
contra o ato de se importar com minúcias e deixar de lado a essência da religião, tornar a religião um fardo e, assim, impedir
as pessoas de entrar no reino de Deus. Esse mesmo princípio se manifesta hoje porque essas mesmas atitudes farisaicas
podem surgir no coração das pessoas. Somente permanecendo em Cristo, analisando o próprio comportamento e pedindo que Deus nos sonde (Sl 139:23, 24) poderemos nos precaver contra essas atitudes. 2. Que não devemos temer os homens, que podem nos afetar apenas fisicamente, mas a Deus, que tem em Suas mãos nosso destino eterno; e que quando tememos a Deus não precisamos ter medo de mais nada, porque Ele cuida de nós. 3. Sobre a cobiça e a preocupação com coisas materiais. 4. Por todos os privilégios que tivemos, será terrível a perda caso não estejamos preparados quando o Senhor voltar. A demora não justifica a negligência; uma vez que o dia da volta do Senhor é desconhecido, temos que estar sempre vigilantes, cumprindo Sua vontade e mantendo viva a esperança de que Ele voltará. 5. Que há diferentes tipos de solo onde a semente é lançada, e, portanto, diferentes tipos de respostas ao nosso testemunho. 6. A recompensa são bênçãos já aqui na Terra (inclusive os frutos de nosso trabalho) e, no mundo por vir, a vida eterna (para nós e para as pessoas que ajudamos a conduzir para lá). 7. Na questão da fidelidade, aprendemos que, se formos fiéis no trabalho, Deus multiplicará os resultados; na questão da responsabilidade, aprendemos que teremos que prestar contas do que fizemos ou deixamos de fazer no sentido de compartilhar os privilégios que recebemos da parte de Deus. 8. Jesus disse que liderar não é exercer poder, mas prestar serviço; não é ser servido, mas servir. Isso é revolucionário porque é completamente contrário aos princípios do mundo.

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